Tensão de água no solo: um critério viável para a irrigação do trigo na região do cerrado

A resposta do trigo (Triticum aestivum L.) a cinco níveis de tensão de água no solo foi estudada em um LVE de cerrado. A cultura foi irrigada quando as tensões de água no solo medidas com tensiômetros e/ou blocos de gesso atingiram valores de 37, 56, 67, 125 e 536 kPa, na profundidade de 10 cm. A água foi aplicada com uma mangueira de plástico conectada a um tubo de PVC perfurado para garantir a distribuição uniforme de água nas parcelas. A produção de grãos não mostrou diferenças significativas para as tensões de água no solo de 37 e 67 kPa, o que indica que esses níveis de tensão não causaram estresse de água detrimental para as plantas. Os tratamentos de 125 e 536 kPa resultaram em diferenças significativas na produção de grãos, em decorrência de uma redução no número de espigas por m2 e no número de grãos por espiga. O peso de 1.000 grãos e o peso hectolítrico não foram afetados pelos tratamentos. O aumento da tensão de água no solo causou um decréscimo quase linear na quantidade de água aplicada. A lâmina aplicada para se obter a produção máxima variou de 596 a 796 mm.

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Bibliographic Details
Main Authors: Guerra, Antônio Fernandes, da Silva, Euzébio Medrado, de Azevedo, Juscelino Antônio
Format: Digital revista
Language:por
Published: Pesquisa Agropecuaria Brasileira 1994
Online Access:https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/4096
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Description
Summary:A resposta do trigo (Triticum aestivum L.) a cinco níveis de tensão de água no solo foi estudada em um LVE de cerrado. A cultura foi irrigada quando as tensões de água no solo medidas com tensiômetros e/ou blocos de gesso atingiram valores de 37, 56, 67, 125 e 536 kPa, na profundidade de 10 cm. A água foi aplicada com uma mangueira de plástico conectada a um tubo de PVC perfurado para garantir a distribuição uniforme de água nas parcelas. A produção de grãos não mostrou diferenças significativas para as tensões de água no solo de 37 e 67 kPa, o que indica que esses níveis de tensão não causaram estresse de água detrimental para as plantas. Os tratamentos de 125 e 536 kPa resultaram em diferenças significativas na produção de grãos, em decorrência de uma redução no número de espigas por m2 e no número de grãos por espiga. O peso de 1.000 grãos e o peso hectolítrico não foram afetados pelos tratamentos. O aumento da tensão de água no solo causou um decréscimo quase linear na quantidade de água aplicada. A lâmina aplicada para se obter a produção máxima variou de 596 a 796 mm.