Considerando a responsividade: uma proposta de análise pragmática no espectro do autismo

OBJETIVO: Comparar o perfil pragmático das iniciativas de comunicação e o perfil bidimensional envolvendo os aspectos de iniciativa e responsividade. Além disso, buscou-se analisar os tipos mais comuns de resposta apresentadas pelos indivíduos pesquisados. MÉTODOS: Foram analisadas trinta gravações de terapia fonoaudiológica, nas quais as terapeutas interagiam com crianças do espectro do autismo (média de idade: 9 anos e 6 meses). As filmagens foram transcritas e os dados derivados foram analisados quanto ao número de atos comunicativos, à ocupação do espaço comunicativo e ao uso dos meios verbal, vocal e gestual nas iniciativas e no total de participações (iniciativas e respostas). As respostas apresentadas foram qualificadas como: não resposta, resposta adequada, resposta inadequada e resposta pragmaticamente inapropriada. RESULTADOS: Houve diferença na comparação entre as iniciativas e o total de participações no que concerne à ocupação do espaço comunicativo e no total de atos. Quanto às respostas, houve diferença no número de respostas adequadas. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram a necessidade de considerar o perfil bidimensional de comunicação e ressaltaram a necessidade de qualificar as respostas a fim de discriminar as habilidades comunicativas da criança.

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Bibliographic Details
Main Authors: Miilher,Liliane Perroud, Fernandes,Fernanda Dreux Miranda
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822013000100013
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Description
Summary:OBJETIVO: Comparar o perfil pragmático das iniciativas de comunicação e o perfil bidimensional envolvendo os aspectos de iniciativa e responsividade. Além disso, buscou-se analisar os tipos mais comuns de resposta apresentadas pelos indivíduos pesquisados. MÉTODOS: Foram analisadas trinta gravações de terapia fonoaudiológica, nas quais as terapeutas interagiam com crianças do espectro do autismo (média de idade: 9 anos e 6 meses). As filmagens foram transcritas e os dados derivados foram analisados quanto ao número de atos comunicativos, à ocupação do espaço comunicativo e ao uso dos meios verbal, vocal e gestual nas iniciativas e no total de participações (iniciativas e respostas). As respostas apresentadas foram qualificadas como: não resposta, resposta adequada, resposta inadequada e resposta pragmaticamente inapropriada. RESULTADOS: Houve diferença na comparação entre as iniciativas e o total de participações no que concerne à ocupação do espaço comunicativo e no total de atos. Quanto às respostas, houve diferença no número de respostas adequadas. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram a necessidade de considerar o perfil bidimensional de comunicação e ressaltaram a necessidade de qualificar as respostas a fim de discriminar as habilidades comunicativas da criança.