Radiocirurgia robótica no tratamento de paragangliomas do osso temporal: experiência de um centro e revisão da literatura

Resumo Objetivo: Reportar a experiência de um centro no tratamento de paragangliomas do osso temporal com radiocirurgia robótica. Desenho do Estudo: Análise retrospetiva unicêntrica Material e Métodos: Entre 2017 e 2021, 8 doentes com paragangliomas do osso temporal receberam tratamento com Cyberknife no Serviço de Radioterapia do Instituto CUF Porto. Resultados: Metade dos doentes apresentavam recidiva tumoral após cirurgia +/- embolização. O tempo de seguimento médio foi de 33 meses. Relativamente à resposta clínica, 4 doentes melhoraram dos sintomas pré-radiocirurgia, 2 mantiveram-se assintomáticos e 2 apresentaram estabilidade neurológica. Todos os tumores revelaram regressão (n=5) ou estabilidade dimensional (n=3) - seguimento com ressonância magnética (RM), com um controlo local de 100%. Não foi reportada toxicidade aguda grau ≥3 ou tardia. Conclusões: Na presente análise, a radiocirurgia robótica parece demonstrar ser uma abordagem terapêutica útil na gestão dos paragangliomas do osso temporal, quer nas recidivas após cirurgia e/ou embolização, quer como tratamento radical único.

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Bibliographic Details
Main Authors: Ramos,Sofia, Simões,Sara, Amorim,Marina, Costa,Maria Adelina, Campos,Guilherme, Fonseca,Graça, Carvalho,Miguel, Vieira,Pedro, Calçada,Cármen, Costa,Paulo Serafim
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço 2024
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-64992024000100021
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Summary:Resumo Objetivo: Reportar a experiência de um centro no tratamento de paragangliomas do osso temporal com radiocirurgia robótica. Desenho do Estudo: Análise retrospetiva unicêntrica Material e Métodos: Entre 2017 e 2021, 8 doentes com paragangliomas do osso temporal receberam tratamento com Cyberknife no Serviço de Radioterapia do Instituto CUF Porto. Resultados: Metade dos doentes apresentavam recidiva tumoral após cirurgia +/- embolização. O tempo de seguimento médio foi de 33 meses. Relativamente à resposta clínica, 4 doentes melhoraram dos sintomas pré-radiocirurgia, 2 mantiveram-se assintomáticos e 2 apresentaram estabilidade neurológica. Todos os tumores revelaram regressão (n=5) ou estabilidade dimensional (n=3) - seguimento com ressonância magnética (RM), com um controlo local de 100%. Não foi reportada toxicidade aguda grau ≥3 ou tardia. Conclusões: Na presente análise, a radiocirurgia robótica parece demonstrar ser uma abordagem terapêutica útil na gestão dos paragangliomas do osso temporal, quer nas recidivas após cirurgia e/ou embolização, quer como tratamento radical único.