Incidência, preditores e impacto clínico dos sangramentos maiores associados à intervenção coronária percutânea

INTRODUÇÃO: O sangramento associado ao periprocedimento é uma das complicações mais freqüentes da intervenção coronária percutânea (ICP). O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência, os preditores de sangramento maior e o impacto deste nos eventos adversos após ICP. MÉTODO: Realizada análise retrospectiva de 8.739 pacientes consecutivos submetidos a ICP eletiva no período de junho de 1997 a fevereiro de 2008. Comparamos os pacientes que apresentaram ou não sangramento maior (grupos SM e NSM, respectivamente) em relação às características clínicas e angiográficas e do procedimento, e a evolução intra-hospitalar e tardia. RESULTADOS: Sangramento maior ocorreu em 1,6% dos pacientes. O modelo de regressão logística múltipla identificou como fatores preditores independentes de sangramento maior associado à ICP: sexo feminino, idade, cirurgia de revascularização miocárdica prévia e uso dos inibidores da glicoproteína IIb/IIIa. O sangramento maior periprocedimento foi preditor independente de insuficiência renal aguda, infarto agudo do miocárdio (IAM) e óbito na fase hospitalar e de IAM na fase tardia. CONCLUSÃO: Este estudo demonstra que o sangramento maior associado periprocedimento é preditor independente de eventos adversos nas fases precoce e tardia pós-ICP.

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Main Authors: Dall'Orto,Clarissa Campo, Willi,Luiz Felipe, Nogueira,Maria Sílvia Faraco, Lapa,Guilherme Alves, Oliveira Neto,João Batista de, Mauro,Maria Fernanda Zuliani, Cristóvão,Salvador André Bavaresco, Salman,Adnan Ali, Mangione,José Armando
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI 2008
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000400013
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Summary:INTRODUÇÃO: O sangramento associado ao periprocedimento é uma das complicações mais freqüentes da intervenção coronária percutânea (ICP). O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência, os preditores de sangramento maior e o impacto deste nos eventos adversos após ICP. MÉTODO: Realizada análise retrospectiva de 8.739 pacientes consecutivos submetidos a ICP eletiva no período de junho de 1997 a fevereiro de 2008. Comparamos os pacientes que apresentaram ou não sangramento maior (grupos SM e NSM, respectivamente) em relação às características clínicas e angiográficas e do procedimento, e a evolução intra-hospitalar e tardia. RESULTADOS: Sangramento maior ocorreu em 1,6% dos pacientes. O modelo de regressão logística múltipla identificou como fatores preditores independentes de sangramento maior associado à ICP: sexo feminino, idade, cirurgia de revascularização miocárdica prévia e uso dos inibidores da glicoproteína IIb/IIIa. O sangramento maior periprocedimento foi preditor independente de insuficiência renal aguda, infarto agudo do miocárdio (IAM) e óbito na fase hospitalar e de IAM na fase tardia. CONCLUSÃO: Este estudo demonstra que o sangramento maior associado periprocedimento é preditor independente de eventos adversos nas fases precoce e tardia pós-ICP.