Fitogeografia de Aldama (Asteraceae, Heliantheae) na América do Sul
Resumo Apresentamos um estudo fitogeográfico sobre Aldama (Asteraceae: Heliantheae) baseado em extenso trabalho de campo, dados da literatura e de herbários. As espécies foram enquadradas em Eco-regiões (Andina e Neotropical) e Domínios Fitogeográficos previamente estabelecidos para Poaceae (Campestre Tropical e Subtropical, Campestre Temperado e Campestre de Países Frios). A maioria pertence à Região Neotropical com grande representatividade no Domínio Campestre Tropical e Subtropical. Apenas A. revoluta chega à Sub-região Patagênica da Região Andina. Os limites oeste e norte de certas espécies encontram-se na Cordilheira dos Andes. Em contrapartida, as regiões de Yungas e Puna parecem constituir corredores conectando essas áreas andinas com a área centro-leste do gênero. No Brasil, as condições mais favoráveis à diversidade e densidade populacional de Aldama estão em áreas sob os climas megatérmicos (a grande maioria das exclusivamente brasileiras) ou mesotérmicos dos tipos Aw e Cwa de Köppen, que condicionam a paisagem dos cerrados. A maior expressividade de Aldama nesses ambientes abertos parece estar relacionada ao sistema subterrâneo espessado, que provê necessidades hídricas na seca e proteção contra fogo. São apresentados quatro padrões de distribuição de espécies: Exclusivas da Zona de Transição Sul-americana (10 spp.), Neotropicais-transicionais (oito spp.), Andino-transicionais (três spp.) e Neotropicais não transicionais (41 spp.).
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
2017
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602017000200463 |
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Summary: | Resumo Apresentamos um estudo fitogeográfico sobre Aldama (Asteraceae: Heliantheae) baseado em extenso trabalho de campo, dados da literatura e de herbários. As espécies foram enquadradas em Eco-regiões (Andina e Neotropical) e Domínios Fitogeográficos previamente estabelecidos para Poaceae (Campestre Tropical e Subtropical, Campestre Temperado e Campestre de Países Frios). A maioria pertence à Região Neotropical com grande representatividade no Domínio Campestre Tropical e Subtropical. Apenas A. revoluta chega à Sub-região Patagênica da Região Andina. Os limites oeste e norte de certas espécies encontram-se na Cordilheira dos Andes. Em contrapartida, as regiões de Yungas e Puna parecem constituir corredores conectando essas áreas andinas com a área centro-leste do gênero. No Brasil, as condições mais favoráveis à diversidade e densidade populacional de Aldama estão em áreas sob os climas megatérmicos (a grande maioria das exclusivamente brasileiras) ou mesotérmicos dos tipos Aw e Cwa de Köppen, que condicionam a paisagem dos cerrados. A maior expressividade de Aldama nesses ambientes abertos parece estar relacionada ao sistema subterrâneo espessado, que provê necessidades hídricas na seca e proteção contra fogo. São apresentados quatro padrões de distribuição de espécies: Exclusivas da Zona de Transição Sul-americana (10 spp.), Neotropicais-transicionais (oito spp.), Andino-transicionais (três spp.) e Neotropicais não transicionais (41 spp.). |
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