Imagens da crise: tendências ficcionais de Rui Zink
Resumo: O escritor Rui Zink, em uma “Nota do autor” inserida ao final do romance O Destino Turístico, explica que pretende criar uma “tetralogia sobre a crise”, composta por três romances e um livro de contos – O Destino Turístico (2008), A Instalação do Medo (2012), A Metamorfose e Outras Formosas Morfoses (2014) e Osso (2015). Efetivamente, a crise é o cerne dessas narrativas e une-se à temática da violência, do terrorismo e do medo, dando eco a problemas da Europa contemporânea. A ficção, portanto, mimetiza facetas do mundo empírico, e Rui Zink, por meio de enredos alegóricos e irônicos, desenha a condição humana contemporânea – desesperada, assustada e cruel. Aceitando a proposta do autor como chave de leitura (e não como aspecto limitador da análise), este artigo dedica-se ao estudo de tais obras (especificamente os romances) para mapear o signo da crise, utilizando algumas proposições de Zygmunt Bauman (2008, 2014).
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
EDIPUCRS
2016
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-77262016000400519 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Resumo: O escritor Rui Zink, em uma “Nota do autor” inserida ao final do romance O Destino Turístico, explica que pretende criar uma “tetralogia sobre a crise”, composta por três romances e um livro de contos – O Destino Turístico (2008), A Instalação do Medo (2012), A Metamorfose e Outras Formosas Morfoses (2014) e Osso (2015). Efetivamente, a crise é o cerne dessas narrativas e une-se à temática da violência, do terrorismo e do medo, dando eco a problemas da Europa contemporânea. A ficção, portanto, mimetiza facetas do mundo empírico, e Rui Zink, por meio de enredos alegóricos e irônicos, desenha a condição humana contemporânea – desesperada, assustada e cruel. Aceitando a proposta do autor como chave de leitura (e não como aspecto limitador da análise), este artigo dedica-se ao estudo de tais obras (especificamente os romances) para mapear o signo da crise, utilizando algumas proposições de Zygmunt Bauman (2008, 2014). |
---|