Crise da tradição e precariedade contemporânea: inadequação predatória de modelos em A paixão de Amâncio Amaro, de André Laurentino

Resumo: Este artigo tem por objetivo detectar elementos da crise contemporânea no âmbito da cultura brasileira, tendo em vista a possibilidade de uma leitura crítica acerca do Nordeste brasileiro a partir de uma análise do romance A paixão de Amâncio Amaro, de André Laurentino. Desse modo, a região mais pobre do Brasil insere-se no âmbito de uma prática consumista que se confirma nas formas do capitalismo predatório sem que a isso correspondam possibilidades concretas de ascensão social de sua população. Na obra, inserem-se ainda questionamentos acerca dos conflitos de suas personagens em um cenário de ação marcado por forte atraso. Nesse contexto, vários símbolos da cultura são esvaziados de significado em favor de posturas que os relegam a um plano de inferioridade, no que diz respeito apenas à afirmação de símbolos do consumo alienado.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Valente Junior,Valdemar
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: EDIPUCRS 2016
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-77262016000400482
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo: Este artigo tem por objetivo detectar elementos da crise contemporânea no âmbito da cultura brasileira, tendo em vista a possibilidade de uma leitura crítica acerca do Nordeste brasileiro a partir de uma análise do romance A paixão de Amâncio Amaro, de André Laurentino. Desse modo, a região mais pobre do Brasil insere-se no âmbito de uma prática consumista que se confirma nas formas do capitalismo predatório sem que a isso correspondam possibilidades concretas de ascensão social de sua população. Na obra, inserem-se ainda questionamentos acerca dos conflitos de suas personagens em um cenário de ação marcado por forte atraso. Nesse contexto, vários símbolos da cultura são esvaziados de significado em favor de posturas que os relegam a um plano de inferioridade, no que diz respeito apenas à afirmação de símbolos do consumo alienado.