Vacinação no Brasil: reflexão bioética sobre acessibilidade

Resumo As vacinas têm grande influência na saúde pública por sua efetividade e relação custo-benefício favorável. Entretanto, com o surgimento de novos imunizantes indisponíveis na rede pública, torna-se necessário discutir o acesso da sociedade em geral. O objetivo deste trabalho foi identificar o significado da vacinação para profissionais e população, assim como abordar a questão do acesso à imunização fora da rede pública de saúde, enfatizando a vulnerabilidade social. Foram entrevistados médicos e cidadãos leigos, e os dados foram analisados a partir de metodologia qualitativa exploratória e do discurso do sujeito coletivo. O sistema vacinal brasileiro foi entendido pelos entrevistados como bom de maneira geral, sendo as principais críticas voltadas à falta de informações e insumos. Quanto ao acesso, os dados sugerem correlação com fatores econômicos, abrindo espaço para discussões bioéticas sobre a vulnerabilidade social da maior parte da população, que não tem condições de pagar por essas imunizações.

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Bibliographic Details
Main Authors: Moura,Elisa Coutinho, Santos,Camila Rezende dos, Atzingen,Dênia Amélia Novato Castelli von, Mendonça,Adriana Rodrigues dos Anjos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Federal de Medicina 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422020000400752
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Summary:Resumo As vacinas têm grande influência na saúde pública por sua efetividade e relação custo-benefício favorável. Entretanto, com o surgimento de novos imunizantes indisponíveis na rede pública, torna-se necessário discutir o acesso da sociedade em geral. O objetivo deste trabalho foi identificar o significado da vacinação para profissionais e população, assim como abordar a questão do acesso à imunização fora da rede pública de saúde, enfatizando a vulnerabilidade social. Foram entrevistados médicos e cidadãos leigos, e os dados foram analisados a partir de metodologia qualitativa exploratória e do discurso do sujeito coletivo. O sistema vacinal brasileiro foi entendido pelos entrevistados como bom de maneira geral, sendo as principais críticas voltadas à falta de informações e insumos. Quanto ao acesso, os dados sugerem correlação com fatores econômicos, abrindo espaço para discussões bioéticas sobre a vulnerabilidade social da maior parte da população, que não tem condições de pagar por essas imunizações.