TURISMO, INCLUSÃO E EXCLUSÃO: O DISCURSO DA PERIFERIA EM CAXIAS DO SUL-RS, BRASIL

RESUMO: Este artigo tem como objetivo discutir as percepções sobre o turismo de moradores de uma comunidade periférica, localizada no município de Caxias do Sul-RS (Brasil). A pesquisa considerou a revisão bibliográfica, cobrindo aspectos históricos que caracterizam o turismo como uma prática marcada pela exclusão, e abordagens teóricas que a ignoram. Posteriormente, seguindo as técnicas propostas pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), foram ouvidos onze moradores da comunidade Cooperativa Habitacional Marianinha de Queiroz. A sistematização dos resultados em discursos sínteses permitiu compreender que os entrevistados associam o turismo: (a) à lógica da inclusão, quando afirmam que viajar de férias é diversão e lazer; e (b) à exclusão, quando lembram que o turismo é um prazer reservado às pessoas com poder aquisitivo. Segundo Milton Santos, a exclusão afeta o desenvolvimento da cidadania; nesses termos, considera-se que a exclusão da prática do turismo também contribui para esse deficit cidadão.

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Bibliographic Details
Main Authors: VIEIRA,JASMINE PEREIRA, GASTAL,SUSANA DE ARAÚJO
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade do Vale do Itajaí 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-71512021000100132
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Description
Summary:RESUMO: Este artigo tem como objetivo discutir as percepções sobre o turismo de moradores de uma comunidade periférica, localizada no município de Caxias do Sul-RS (Brasil). A pesquisa considerou a revisão bibliográfica, cobrindo aspectos históricos que caracterizam o turismo como uma prática marcada pela exclusão, e abordagens teóricas que a ignoram. Posteriormente, seguindo as técnicas propostas pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), foram ouvidos onze moradores da comunidade Cooperativa Habitacional Marianinha de Queiroz. A sistematização dos resultados em discursos sínteses permitiu compreender que os entrevistados associam o turismo: (a) à lógica da inclusão, quando afirmam que viajar de férias é diversão e lazer; e (b) à exclusão, quando lembram que o turismo é um prazer reservado às pessoas com poder aquisitivo. Segundo Milton Santos, a exclusão afeta o desenvolvimento da cidadania; nesses termos, considera-se que a exclusão da prática do turismo também contribui para esse deficit cidadão.