Percepção ambiental das artesãs que usam as folhas de carnaúba (Copernicia prunifera H.E.Moore, Arecaceae) na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, Piauí, Brasil

Este estudo investigou os aspectos socioeconômicos e a percepção ambiental das artesãs que subsistem da confecção de artesanato de folhas de carnaúba na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, município de Parnaíba, Piauí. Foram entrevistadas 36 artesãs, pertencentes às comunidades Fazendinha, Vazantinha e Pedra do Sal, utilizando-se questionários semiestruturados. Paralelamente, o manejo das plantas foi acompanhado. O artesanato é feito por mulheres com idade entre 20 e 60 anos e de baixa escolaridade. Estas moram em comunidades desprovidas de saneamento básico, escolas e saúde pública de qualidade. A percepção sobre a planta é atribuída às suas utilidades, aos danos causados a esta e a especulação imobiliária. As artesãs de Fazendinha e Vazantinha não expressaram uma consciência conservacionista, prevalecendo, a percepção capitalista; já na comunidade de Pedra do Sal, as artesãs promovem a conservação ambiental. Estas realizam protestos e procuram os órgãos ambientais, visando impedir a devastação dos carnaubais. Observou-se que embora as artesãs desenvolvam a mesma atividade, possuem percepções diferentes sobre o ambiente e ao recurso explorado. Especialmente na comunidade Fazendinha é necessária a promoção da educação ambiental, a fim de conciliar o extrativismo ao equilíbrio ecológico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Vieira,Irlaine Rodrigues, Loiola,Maria Iracema Bezerra
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Editora da Universidade Federal de Uberlândia - EDUFU 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-45132014000100063
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Summary:Este estudo investigou os aspectos socioeconômicos e a percepção ambiental das artesãs que subsistem da confecção de artesanato de folhas de carnaúba na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, município de Parnaíba, Piauí. Foram entrevistadas 36 artesãs, pertencentes às comunidades Fazendinha, Vazantinha e Pedra do Sal, utilizando-se questionários semiestruturados. Paralelamente, o manejo das plantas foi acompanhado. O artesanato é feito por mulheres com idade entre 20 e 60 anos e de baixa escolaridade. Estas moram em comunidades desprovidas de saneamento básico, escolas e saúde pública de qualidade. A percepção sobre a planta é atribuída às suas utilidades, aos danos causados a esta e a especulação imobiliária. As artesãs de Fazendinha e Vazantinha não expressaram uma consciência conservacionista, prevalecendo, a percepção capitalista; já na comunidade de Pedra do Sal, as artesãs promovem a conservação ambiental. Estas realizam protestos e procuram os órgãos ambientais, visando impedir a devastação dos carnaubais. Observou-se que embora as artesãs desenvolvam a mesma atividade, possuem percepções diferentes sobre o ambiente e ao recurso explorado. Especialmente na comunidade Fazendinha é necessária a promoção da educação ambiental, a fim de conciliar o extrativismo ao equilíbrio ecológico.