O cérebro no cinema contemporâneo

Resumo Na cultura ocidental, o cérebro aparece como figura fundamental, referido muitas vezes como lugar exclusivo de origem da mente. Tal cenário configura um regime de visibilidade que tem sido classificado de virada neural. Posto isso, o texto investiga como as imagens midiáticas — em especial a cinematográfica — têm incorporado essa perspectiva neurocêntrica. A partir do conceito de imagem-neuro de Patricia Pisters (2012a) e à luz da filosofia deleuziana, tomamos como exemplo o filme eXistenZ (1999), de David Cronenberg, no intuito de evidenciar que o cinema recente encarna de forma paradoxal essa ideologia do “sujeito cerebral” (VIDAL; ORTEGA, 2019).

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Bibliographic Details
Main Author: Rodrigues,Isadora Meneses
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica - PUC-SP 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-25532021000100312
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Summary:Resumo Na cultura ocidental, o cérebro aparece como figura fundamental, referido muitas vezes como lugar exclusivo de origem da mente. Tal cenário configura um regime de visibilidade que tem sido classificado de virada neural. Posto isso, o texto investiga como as imagens midiáticas — em especial a cinematográfica — têm incorporado essa perspectiva neurocêntrica. A partir do conceito de imagem-neuro de Patricia Pisters (2012a) e à luz da filosofia deleuziana, tomamos como exemplo o filme eXistenZ (1999), de David Cronenberg, no intuito de evidenciar que o cinema recente encarna de forma paradoxal essa ideologia do “sujeito cerebral” (VIDAL; ORTEGA, 2019).