Migração involuntária como fator de risco à saúde mental

O deslocamento forçado de pessoas é um dos fenômenos que podem ser relacionados a conflitos políticos e sociais, guerras e catástrofes naturais. Essas partidas não-planejadas são frequentemente acompanhadas de sofrimento psicológico diretamente ligado às perdas e ao traumatismo ao qual foram submetidas. Este artigo tem por objetivo apresentar observações realizadas no Serviço de Atendimento Psicológico Especializado aos Imigrantes e Refugiados (Sapsir), da Universidade Laval, Canadá. O trabalho clínico desenvolvido com pessoas oriundas de mais de 40 nacionalidades permitiu ressaltar quadros psicopatológicos mais frequentemente observados e estabelecer períodos críticos do processo de adaptação que tendem a expor tais pessoas a uma maior vulnerabilidade psicológica. Essas observações permitem pensar em políticas de acolhimento e de atendimento (saúde e social) de refugiados, que permitam prevenir um maior sofrimento psíquico e contribuir para uma melhor adaptação.

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Bibliographic Details
Main Author: Martins-Borges,Lucienne
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-85852013000100009
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Summary:O deslocamento forçado de pessoas é um dos fenômenos que podem ser relacionados a conflitos políticos e sociais, guerras e catástrofes naturais. Essas partidas não-planejadas são frequentemente acompanhadas de sofrimento psicológico diretamente ligado às perdas e ao traumatismo ao qual foram submetidas. Este artigo tem por objetivo apresentar observações realizadas no Serviço de Atendimento Psicológico Especializado aos Imigrantes e Refugiados (Sapsir), da Universidade Laval, Canadá. O trabalho clínico desenvolvido com pessoas oriundas de mais de 40 nacionalidades permitiu ressaltar quadros psicopatológicos mais frequentemente observados e estabelecer períodos críticos do processo de adaptação que tendem a expor tais pessoas a uma maior vulnerabilidade psicológica. Essas observações permitem pensar em políticas de acolhimento e de atendimento (saúde e social) de refugiados, que permitam prevenir um maior sofrimento psíquico e contribuir para uma melhor adaptação.