Mobilidade funcional em idosos institucionalizados e não institucionalizados

INTRODUÇÃO: Quedas são importante causa de morbidade e mortalidade na terceira idade, com consequências que vão desde pequenas lesões até a morte. A medida da mobilidade funcional pode ser usada para predizer o risco de quedas e para mensurar o resultado de intervenções que busquem reduzi-lo. OBJETIVOS: Avaliar e comparar uma medida de mobilidade funcional em idosos residentes na comunidade e em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), e verificar sua relação com idade e sexo nos diferentes locais de moradia. MATERIAIS e MÉTODOS: Participaram deste estudo observacional, analítico e transversal, 413 idosos, sendo 72 institucionalizados (80,9 ± 8,1anos; 53 mulheres) e 341 da comunidade (69,8 ± 7,5 anos; 269 mulheres). Para avaliar o grau de mobilidade funcional, foi utilizado o teste do levantar e caminhar cronometrados (TUG). RESULTADOS: Não foi detectada diferença estatística entre as médias do TUG apresentadas pelos sexos, tanto na comunidade (p&gt;0,05), quanto na ILPI (p&gt;0,05). Homens e mulheres residentes na ILPI apresentaram média de TUG significativamente maior que homens e mulheres da comunidade (p<0,01). Foi detectada diferença significativa entre as médias de TUG, quando comparadas em termos de faixa etária (p=0,003). CONCLUSÃO: A mobilidade funcional é maior entre os idosos que residem na comunidade, os quais, portanto, apresentam menor risco de quedas. Homens e mulheres apresentam nível semelhante de desempenho na mobilidade funcional, a qual decresce com a idade, em todas as faixas etárias. Sugerem-se intervenções que auxiliem ambos os grupos a melhorarem sua mobilidade e, portanto, a diminuir o risco de quedas.

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Bibliographic Details
Main Authors: Souza,Cibele Cardenaz de, Valmorbida,Luiza Armani, Oliveira,Juliana Pezzi de, Borsatto,Alice Carvalho, Lorenzini,Marta, Knorst,Mara Regina, Melo,Denizar, Creutzberg,Marion, Resende,Thais de Lima
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio Janeiro 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200008
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Description
Summary:INTRODUÇÃO: Quedas são importante causa de morbidade e mortalidade na terceira idade, com consequências que vão desde pequenas lesões até a morte. A medida da mobilidade funcional pode ser usada para predizer o risco de quedas e para mensurar o resultado de intervenções que busquem reduzi-lo. OBJETIVOS: Avaliar e comparar uma medida de mobilidade funcional em idosos residentes na comunidade e em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), e verificar sua relação com idade e sexo nos diferentes locais de moradia. MATERIAIS e MÉTODOS: Participaram deste estudo observacional, analítico e transversal, 413 idosos, sendo 72 institucionalizados (80,9 ± 8,1anos; 53 mulheres) e 341 da comunidade (69,8 ± 7,5 anos; 269 mulheres). Para avaliar o grau de mobilidade funcional, foi utilizado o teste do levantar e caminhar cronometrados (TUG). RESULTADOS: Não foi detectada diferença estatística entre as médias do TUG apresentadas pelos sexos, tanto na comunidade (p&gt;0,05), quanto na ILPI (p&gt;0,05). Homens e mulheres residentes na ILPI apresentaram média de TUG significativamente maior que homens e mulheres da comunidade (p<0,01). Foi detectada diferença significativa entre as médias de TUG, quando comparadas em termos de faixa etária (p=0,003). CONCLUSÃO: A mobilidade funcional é maior entre os idosos que residem na comunidade, os quais, portanto, apresentam menor risco de quedas. Homens e mulheres apresentam nível semelhante de desempenho na mobilidade funcional, a qual decresce com a idade, em todas as faixas etárias. Sugerem-se intervenções que auxiliem ambos os grupos a melhorarem sua mobilidade e, portanto, a diminuir o risco de quedas.