Estudo demográfico, clínico e terapêutico do ameloblastoma: análise de 40 casos

As lesões odontogênicas representam cerca de 1% dos tumores da cavidade bucal, sendo o ameloblastoma a afecção mais frequente. Trata-se de um tumor de origem epitelial, que afeta principalmente a mandíbula e, raramente, a maxila. Clinicamente, apresenta-se como tumor de crescimento lento, assintomático. Apesar de ser um tumor benigno, cursa com comportamento invasivo com alta taxa de recidiva, se não tratado adequadamente. OBJETIVO: Descrever os casos de ameloblastoma em serviço de referência. MÉTODOS: Análise retrospectiva de 40 casos. As variáveis analisadas foram: idade, gênero, etnia, localização do tumor, tipo de tratamento, complicação e recorrência. RESULTADOS: O gênero mais atingido foi o masculino, 21 casos (52,5%), com predomínio da etnia caucasiana - 24 casos (60%). A média de idade foi de 35,45 anos, a localização mais comum foi na mandíbula - 37 casos (92,5%). Assimetria facial a queixa mais frequente. Dos 40 casos, 33 foram submetidos a procedimento cirúrgico. Dos que tiveram tratamento cirúrgico, 24 (72,72%) foram submetidos à ressecção segmentar, com recidiva em quatro (12,12%) casos. CONCLUSÃO:O ameloblastoma apresenta possibilidade de recidiva quando o tratamento cirúrgico não é realizado com ressecção ampla da lesão com margens de segurança.

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Bibliographic Details
Main Authors: França,Luciano José de Lemos, Curioni,Otávio Alberto, Paiva,Diógenes Lopes, Vianna,Débora Modelli, Dedivitis,Rogério Aparecido, Rapoport,Abrão
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942012000300008
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Description
Summary:As lesões odontogênicas representam cerca de 1% dos tumores da cavidade bucal, sendo o ameloblastoma a afecção mais frequente. Trata-se de um tumor de origem epitelial, que afeta principalmente a mandíbula e, raramente, a maxila. Clinicamente, apresenta-se como tumor de crescimento lento, assintomático. Apesar de ser um tumor benigno, cursa com comportamento invasivo com alta taxa de recidiva, se não tratado adequadamente. OBJETIVO: Descrever os casos de ameloblastoma em serviço de referência. MÉTODOS: Análise retrospectiva de 40 casos. As variáveis analisadas foram: idade, gênero, etnia, localização do tumor, tipo de tratamento, complicação e recorrência. RESULTADOS: O gênero mais atingido foi o masculino, 21 casos (52,5%), com predomínio da etnia caucasiana - 24 casos (60%). A média de idade foi de 35,45 anos, a localização mais comum foi na mandíbula - 37 casos (92,5%). Assimetria facial a queixa mais frequente. Dos 40 casos, 33 foram submetidos a procedimento cirúrgico. Dos que tiveram tratamento cirúrgico, 24 (72,72%) foram submetidos à ressecção segmentar, com recidiva em quatro (12,12%) casos. CONCLUSÃO:O ameloblastoma apresenta possibilidade de recidiva quando o tratamento cirúrgico não é realizado com ressecção ampla da lesão com margens de segurança.