Calcificação vascular: fisiopatologia e implicações clínicas

A calcificação vascular na doença arterial coronária está ganhando importância, tanto em pesquisas científicas como em aplicações clínicas e de imagem. A placa calcificada é considerada a forma mais relevante de aterosclerose dentro da árvore arterial coronária e frequentemente apresenta um desafio para a intervenção percutânea. Estudos recentes têm demonstrado que a calcificação da placa é dinâmica e está estreitamente ligada ao grau de inflamação vascular. Vários fatores inflamatórios, produzidos durante as diferentes fases da aterosclerose, induzem a expressão e ativação de células osteoblásticas localizadas na parede arterial, que, por sua vez, promovem a deposição de cálcio. As células do músculo liso vascular possuem uma capacidade extraordinária de sofrer diferenciação fenotípica osteoblástica. Não há dúvida de que o papel desses fatores, bem como os elementos de genômica e proteômica, poderia ser um ponto estratégico fundamental na prevenção e no tratamento. Neste contexto, realizamos uma atualização sobre a calcificação coronária, com foco em fisiopatologia, modelos experimentais e implicações clínicas da calcificação vascular.

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Bibliographic Details
Main Authors: Liberman,Marcel, Pesaro,Antonio Eduardo Pereira, Carmo,Luciana Simão, Serrano Jr,Carlos Vicente
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082013000300021
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Summary:A calcificação vascular na doença arterial coronária está ganhando importância, tanto em pesquisas científicas como em aplicações clínicas e de imagem. A placa calcificada é considerada a forma mais relevante de aterosclerose dentro da árvore arterial coronária e frequentemente apresenta um desafio para a intervenção percutânea. Estudos recentes têm demonstrado que a calcificação da placa é dinâmica e está estreitamente ligada ao grau de inflamação vascular. Vários fatores inflamatórios, produzidos durante as diferentes fases da aterosclerose, induzem a expressão e ativação de células osteoblásticas localizadas na parede arterial, que, por sua vez, promovem a deposição de cálcio. As células do músculo liso vascular possuem uma capacidade extraordinária de sofrer diferenciação fenotípica osteoblástica. Não há dúvida de que o papel desses fatores, bem como os elementos de genômica e proteômica, poderia ser um ponto estratégico fundamental na prevenção e no tratamento. Neste contexto, realizamos uma atualização sobre a calcificação coronária, com foco em fisiopatologia, modelos experimentais e implicações clínicas da calcificação vascular.