"Empresarização" e controle: o caso do Figueirense Futebol Clube

Este artigo analisa como o processo de "empresarização" no Figueirense Futebol Clube (SC) influencia seus mecanismos de controle organizacional. Aqui, entende-se "empresarização" como o processo pelo qual uma organização adota características e traços típicos de organizações empresariais. O artigo caracteriza-se como descritivo-interpretativo, e a escolha desse clube deu-se de modo intencional e não probabilistico, porque reúne características que permitem situá-lo como caso ilustrativo das questões que permeiam este estudo e dada a sua representatividade no atual cenário futebolístico brasileiro. Neste estudo se percebeu que o clube de futebol tem modificado seus mecanismos de gestão e de controle, adaptando-se aos elementos caracterizadores da expansão da lógica de mercado presentes no ambiente. A perda da dimensão substantiva de atividades como o futebol é a preocupação de fundo que perpassa este artigo. Este questiona sobre o que irá substituir as práticas desportivas e também a cultura e o ócio na cimentação social dos indivíduos, bem como seus laços de pertença e a sua identidade cultural.

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Bibliographic Details
Main Authors: Gonçalves,Julio Cesar de Santana, Silva,Carlos Everaldo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512007000300006
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Summary:Este artigo analisa como o processo de "empresarização" no Figueirense Futebol Clube (SC) influencia seus mecanismos de controle organizacional. Aqui, entende-se "empresarização" como o processo pelo qual uma organização adota características e traços típicos de organizações empresariais. O artigo caracteriza-se como descritivo-interpretativo, e a escolha desse clube deu-se de modo intencional e não probabilistico, porque reúne características que permitem situá-lo como caso ilustrativo das questões que permeiam este estudo e dada a sua representatividade no atual cenário futebolístico brasileiro. Neste estudo se percebeu que o clube de futebol tem modificado seus mecanismos de gestão e de controle, adaptando-se aos elementos caracterizadores da expansão da lógica de mercado presentes no ambiente. A perda da dimensão substantiva de atividades como o futebol é a preocupação de fundo que perpassa este artigo. Este questiona sobre o que irá substituir as práticas desportivas e também a cultura e o ócio na cimentação social dos indivíduos, bem como seus laços de pertença e a sua identidade cultural.