A estratégia de diversificação e performance: o caso das companhias abertas no Brasil

Esta pesquisa analisa a relação entre diversificação e performance de empresas de capital aberto no Brasil, no período de 2001 a 2005, considerando distintas estratégias de diversificação de produtos. Compôs a amostra um total de 168 empresas brasileiras com informações sobre diversificação no Relatório de Informação Anual (IAN), as quais são enviadas anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As empresas foram divididas em três grupos de acordo com suas estratégias de diversificação: produto único, moderadamente diversificadas e altamente diversificadas. Utilizaram-se duas técnicas estatísticas: regressão múltipla e análise de variância (Anova). Na primeira técnica, de regressão múltipla, foram gerados três modelos estatísticos (com três regressões cada um, uma para cada medida de performance utilizada): estratégia de produto único com moderadamente e altamente diversificado (modelo I), produto único versus moderadamente diversificado (modelo II) e negócio único versus altamente diversificado (modelo III), a fim de verificar a influência da diversificação de produtos (Diver) na performance dos diferentes grupos de empresas. A análise de variância foi conduzida para verificar as diferenças de médias entre distintos grupos de empresas. Em todos os modelos da regressão, a variável (Diver) não apresentou significância estatística, porém indicou retornos menores com a diversificação. Em todos os modelos, a variável END foi negativa e estatisticamente significativa a 5% quando utilizado como medida de performance o ROA. Já as variáveis Cresv e TAM foram positivas e estatisticamente significativas em todos os modelos. A variável Risco foi positiva e significante estatisticamente quando relacionada à medida de performance Roaop, em todos os modelos. Quanto à Anova, os grupos estratégicos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das variáveis estudadas, entretanto a rentabilidade operacional das firmas com estratégias de produtos altamente diversificadas foi superior em relação àquelas com estratégia de produtos menos diversificada. O indicador de endividamento foi menor no grupo moderadamente diversificado.

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Bibliographic Details
Main Authors: Grzebieluckas,Cleci, Marcon,Rosilene, Alberton,Anete
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Editora Mackenzie 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712013000200005
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Summary:Esta pesquisa analisa a relação entre diversificação e performance de empresas de capital aberto no Brasil, no período de 2001 a 2005, considerando distintas estratégias de diversificação de produtos. Compôs a amostra um total de 168 empresas brasileiras com informações sobre diversificação no Relatório de Informação Anual (IAN), as quais são enviadas anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As empresas foram divididas em três grupos de acordo com suas estratégias de diversificação: produto único, moderadamente diversificadas e altamente diversificadas. Utilizaram-se duas técnicas estatísticas: regressão múltipla e análise de variância (Anova). Na primeira técnica, de regressão múltipla, foram gerados três modelos estatísticos (com três regressões cada um, uma para cada medida de performance utilizada): estratégia de produto único com moderadamente e altamente diversificado (modelo I), produto único versus moderadamente diversificado (modelo II) e negócio único versus altamente diversificado (modelo III), a fim de verificar a influência da diversificação de produtos (Diver) na performance dos diferentes grupos de empresas. A análise de variância foi conduzida para verificar as diferenças de médias entre distintos grupos de empresas. Em todos os modelos da regressão, a variável (Diver) não apresentou significância estatística, porém indicou retornos menores com a diversificação. Em todos os modelos, a variável END foi negativa e estatisticamente significativa a 5% quando utilizado como medida de performance o ROA. Já as variáveis Cresv e TAM foram positivas e estatisticamente significativas em todos os modelos. A variável Risco foi positiva e significante estatisticamente quando relacionada à medida de performance Roaop, em todos os modelos. Quanto à Anova, os grupos estratégicos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das variáveis estudadas, entretanto a rentabilidade operacional das firmas com estratégias de produtos altamente diversificadas foi superior em relação àquelas com estratégia de produtos menos diversificada. O indicador de endividamento foi menor no grupo moderadamente diversificado.