Comparação de métodos na determinação de sensibilidade à vancomicina em Staphylococcus aureus resistente à meticilina

INTRODUÇÃO: Infecções por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são cada vez mais comuns, tanto em ambiente hospitalar como na comunidade. O principal antimicrobiano utilizado no tratamento de infecções causadas por MRSA é a vancomicina e devido ao seu uso indiscriminado surgiram cepas com sensibilidade diminuída. A partir de 2009 foi estabelecido que o teste de sensibilidade à vancomicina deve ser feito por métodos de concentração inibitória mínima (MIC). Por isso, este trabalho teve por objetivo determinar a sensibilidade à vancomicina em cepas MRSA por meio de diferentes metodologias, comparando os valores de MIC obtidos. METODOLOGIA: Foram analisadas 46 cepas de S. aureus resistentes à oxacilina provenientes do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. As técnicas de MIC empregadas foram macrodiluição em caldo, método comercial Etest® e automação Microscan Walk Away (Siemens®). RESULTADOS: Todas as cepas foram sensíveis à vancomicina mediante todas as metodologias, contudo o Etest® apresentou valores de MIC mais elevados quando em comparação com a macrodiluição. A automação teve resultados equivalentes aos demais métodos por apresentar o valor de sensível como < 2 µg/ml. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O método comercial Etest® superestima a MIC, porém é fácil e rápido de ser realizado; já a macrodiluição em caldo é uma metodologia muito trabalhosa e demorada. Os resultados do Microscan Walk Away 96 (Siemens®) são precisos, mas não fornecem o valor exato da MIC, exigindo um teste adicional para avaliar a eficácia do tratamento. Em conclusão, o Etest® pode ser utilizado como uma alternativa na rotina laboratorial.

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Bibliographic Details
Main Authors: Manfredini,Caroline, Picoli,Simone Ulrich, Becker,Ana Paula
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442011000200008
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Summary:INTRODUÇÃO: Infecções por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são cada vez mais comuns, tanto em ambiente hospitalar como na comunidade. O principal antimicrobiano utilizado no tratamento de infecções causadas por MRSA é a vancomicina e devido ao seu uso indiscriminado surgiram cepas com sensibilidade diminuída. A partir de 2009 foi estabelecido que o teste de sensibilidade à vancomicina deve ser feito por métodos de concentração inibitória mínima (MIC). Por isso, este trabalho teve por objetivo determinar a sensibilidade à vancomicina em cepas MRSA por meio de diferentes metodologias, comparando os valores de MIC obtidos. METODOLOGIA: Foram analisadas 46 cepas de S. aureus resistentes à oxacilina provenientes do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. As técnicas de MIC empregadas foram macrodiluição em caldo, método comercial Etest® e automação Microscan Walk Away (Siemens®). RESULTADOS: Todas as cepas foram sensíveis à vancomicina mediante todas as metodologias, contudo o Etest® apresentou valores de MIC mais elevados quando em comparação com a macrodiluição. A automação teve resultados equivalentes aos demais métodos por apresentar o valor de sensível como < 2 µg/ml. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O método comercial Etest® superestima a MIC, porém é fácil e rápido de ser realizado; já a macrodiluição em caldo é uma metodologia muito trabalhosa e demorada. Os resultados do Microscan Walk Away 96 (Siemens®) são precisos, mas não fornecem o valor exato da MIC, exigindo um teste adicional para avaliar a eficácia do tratamento. Em conclusão, o Etest® pode ser utilizado como uma alternativa na rotina laboratorial.