As Famílias com Doentes Mentais

As políticas de saúde vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade. À família é exigido o papel de cuidador para o qual não está preparada, não compreende o comportamento do doente nem as manifestações da doença lidando ainda com a culpa, a sobrecarga física e emocional, o isolamento social, e, muitas vezes, dificuldades económicas. Com este estudo pretendemos identificar necessidades em saúde nas famílias com doentes mentais e desenvolver estratégias saudáveis para ultrapassar as dificuldades causadas pela doença. Queremos assim contribuir para a promoção da saúde das famílias com doentes mentais. Optamos por uma amostra constituída por 20 famílias de doentes mentais. Recorremos a entrevistas semi-estruturadas. O tratamento de dados foi sujeito a análise de conteúdo. As famílias sentem-se inseguras e sem saber o que fazer, manifestando que seria importante saber como lidar com o doente e a quem recorrer numa situação de desequilíbrio. Estas informações são importantes no planeamento de cuidados e permitem aos enfermeiros que trabalham com família de doentes mentais intervir junto delas ajudando-as a reajustarem-se aos seus novos projectos de vida.

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Bibliographic Details
Main Authors: Gomes,Maria Filomena Pereira, Martins,Maria Manuela, Amendoeira,José
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental 2011
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602011000100008
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Summary:As políticas de saúde vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade. À família é exigido o papel de cuidador para o qual não está preparada, não compreende o comportamento do doente nem as manifestações da doença lidando ainda com a culpa, a sobrecarga física e emocional, o isolamento social, e, muitas vezes, dificuldades económicas. Com este estudo pretendemos identificar necessidades em saúde nas famílias com doentes mentais e desenvolver estratégias saudáveis para ultrapassar as dificuldades causadas pela doença. Queremos assim contribuir para a promoção da saúde das famílias com doentes mentais. Optamos por uma amostra constituída por 20 famílias de doentes mentais. Recorremos a entrevistas semi-estruturadas. O tratamento de dados foi sujeito a análise de conteúdo. As famílias sentem-se inseguras e sem saber o que fazer, manifestando que seria importante saber como lidar com o doente e a quem recorrer numa situação de desequilíbrio. Estas informações são importantes no planeamento de cuidados e permitem aos enfermeiros que trabalham com família de doentes mentais intervir junto delas ajudando-as a reajustarem-se aos seus novos projectos de vida.