Associações entre funcionamento familiar, sobrecarga e saúde mental em cuidadores
Resumo O objetivo deste estudo foi verificar as associações entre as medidas de funcionamento familiar, sobrecarga percebida, qualidade de vida, ansiedade e depressão do familiar cuidador. Para tanto foi desenhado um estudo transversal, correlacional, realizado com 101 familiares cuidadores. Foram utilizados o Questionário de informações sociodemográficas e familiares, escala ZBI, WHOQOL-breve, inventários BAI e BDI-II e escala FACES IV, sendo empregada estatística descritiva, testes de correlação e de comparação entre grupos. A média de idade dos cuidadores foi de 49,7 anos (±12,5 anos), a maioria mulheres (88%), em que 76,3% apresentaram sobrecarga, 49,5% apresentaram sintomas de ansiedade, 45,5% sintomas de depressão e 23,8% avaliaram suas famílias como disfuncionais. As famílias funcionais tiveram resultados superiores quanto à coesão, flexibilidade, comunicação e satisfação familiares e em qualidade de vida. Cuidadores com sobrecarga tiveram resultados superiores na subescala caótica (flexibilidade excessiva) e em ansiedade e depressão. Conforme aumenta a sobrecarga aumenta a chance de pertencer a uma família disfuncional, diminui a flexibilidade e a comunicação familiares. Concluiu-se que a flexibilidade e a comunicação mostraram associações significativas com sobrecarga, o que reforça a hipótese de que a família possa mediar, em alguma medida, a percepção de sobrecarga e os efeitos desta sobre a saúde mental e qualidade de vida do cuidador.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
2022
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862022000100319 |
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Summary: | Resumo O objetivo deste estudo foi verificar as associações entre as medidas de funcionamento familiar, sobrecarga percebida, qualidade de vida, ansiedade e depressão do familiar cuidador. Para tanto foi desenhado um estudo transversal, correlacional, realizado com 101 familiares cuidadores. Foram utilizados o Questionário de informações sociodemográficas e familiares, escala ZBI, WHOQOL-breve, inventários BAI e BDI-II e escala FACES IV, sendo empregada estatística descritiva, testes de correlação e de comparação entre grupos. A média de idade dos cuidadores foi de 49,7 anos (±12,5 anos), a maioria mulheres (88%), em que 76,3% apresentaram sobrecarga, 49,5% apresentaram sintomas de ansiedade, 45,5% sintomas de depressão e 23,8% avaliaram suas famílias como disfuncionais. As famílias funcionais tiveram resultados superiores quanto à coesão, flexibilidade, comunicação e satisfação familiares e em qualidade de vida. Cuidadores com sobrecarga tiveram resultados superiores na subescala caótica (flexibilidade excessiva) e em ansiedade e depressão. Conforme aumenta a sobrecarga aumenta a chance de pertencer a uma família disfuncional, diminui a flexibilidade e a comunicação familiares. Concluiu-se que a flexibilidade e a comunicação mostraram associações significativas com sobrecarga, o que reforça a hipótese de que a família possa mediar, em alguma medida, a percepção de sobrecarga e os efeitos desta sobre a saúde mental e qualidade de vida do cuidador. |
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