Adesão ao tratamento do lúpus: efeitos de três condições de intervenção

Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune e multissistêmica. Ocorre predominantemente no gênero feminino. O tratamento é diversificado e contém regras complexas, dificultando a adesão. Esta pesquisa estudou os efeitos de três condições de intervenção sobre comportamentos de adesão ao tratamento em mulheres com LES. Trata-se de um estudo longitudinal com coleta de dados em intervalos de 30, 60, 90 e 120 dias. Participaram quinze pacientes com diagnóstico de LES, em seguimento no ambulatório de um hospital da rede pública de saúde. Utilizou-se: formulário de observação da consulta médica; protocolo de análise de prontuário; roteiros de entrevistas; checklist sobre adesão ao tratamento; formulários de registro de automonitorização; escala analógica visual de dor; Inventário Beck para depressão (BDI); questionário de avaliação de qualidade de vida SF-36 e o índice de atividade da doença (SLEDAI). As participantes foram distribuídas sequencialmente em três condições de intervenção: Condição A (n=5), rotina e entrevista; Condição B (n=5), rotina e entrevista com uso de checklist; Condição C (n=5), rotina, entrevista com uso de checklist e registros de automonitorização. Fez-se análise quanti-qualitativa, comparando-se os dados nos diferentes momentos do estudo. Como resultado observou-se que, independentemente da condição à qual a participante foi exposta, houve melhora na adesão relatada, bem como no estado clínico e na qualidade de vida das participantes ao final do estudo; entretanto, as participantes da Condição C mantiveram os comportamentos de adesão instalados mesmo após a retirada do procedimento de intervenção, sugerindo melhor índice de adesão ao tratamento (média de 95,71).

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Bibliographic Details
Main Authors: Neder,Patrícia Regina Bastos, Ferreira,Eleonora Arnaud Pereira, Carneiro,José Ronaldo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde 2017
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862017000100017
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Description
Summary:Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune e multissistêmica. Ocorre predominantemente no gênero feminino. O tratamento é diversificado e contém regras complexas, dificultando a adesão. Esta pesquisa estudou os efeitos de três condições de intervenção sobre comportamentos de adesão ao tratamento em mulheres com LES. Trata-se de um estudo longitudinal com coleta de dados em intervalos de 30, 60, 90 e 120 dias. Participaram quinze pacientes com diagnóstico de LES, em seguimento no ambulatório de um hospital da rede pública de saúde. Utilizou-se: formulário de observação da consulta médica; protocolo de análise de prontuário; roteiros de entrevistas; checklist sobre adesão ao tratamento; formulários de registro de automonitorização; escala analógica visual de dor; Inventário Beck para depressão (BDI); questionário de avaliação de qualidade de vida SF-36 e o índice de atividade da doença (SLEDAI). As participantes foram distribuídas sequencialmente em três condições de intervenção: Condição A (n=5), rotina e entrevista; Condição B (n=5), rotina e entrevista com uso de checklist; Condição C (n=5), rotina, entrevista com uso de checklist e registros de automonitorização. Fez-se análise quanti-qualitativa, comparando-se os dados nos diferentes momentos do estudo. Como resultado observou-se que, independentemente da condição à qual a participante foi exposta, houve melhora na adesão relatada, bem como no estado clínico e na qualidade de vida das participantes ao final do estudo; entretanto, as participantes da Condição C mantiveram os comportamentos de adesão instalados mesmo após a retirada do procedimento de intervenção, sugerindo melhor índice de adesão ao tratamento (média de 95,71).