Acontecimentos de vida stressantes, psicopatologia e resiliência em adolescentes institucionalizados e não-institucionalizados
Os adolescentes institucionalizados tendem a ser socialmente mais estigmatizados e a apresentarem percursos de vida marcados por significativa adversidade psicossocial. A possibilidade de os adolescentes apresentarem um percurso desenvolvimental adaptativo depende de um conjunto de recursos externos e internos, protetores face à adversidade. Neste trabalho comparamos um grupo de 40 adolescentes institucionalizados em instituições de acolhimento com um grupo de 40 adolescentes da população geral, relativamente à presença de acontecimentos de vida stressantes (AVS) na infância e adolescência, problemas psicopatológicos e perceção de resiliência. Procuramos analisar ainda, nos dois os grupos, eventuais relações entre problemas psicopatológicos e AVS. Os participantes são adolescentes residentes na Região Autónoma da Madeira com idades compreendidas entre os 12-17 anos. Foram aplicados a Escala Healthy Kids Resilience Assessement Module (HKRAM), o inventário de psicopatologia Youth Self Report (YSR), o Inventário de Situações de Vida Stressantes, um questionário sociodemográfico para adolescentes institucionalizados, e um questionário de dados sociodemográficos para adolescentes da população geral. De uma forma geral, os adolescentes institucionalizados parecem experienciar mais AVS e relatam mais problemas psicopatológicos. No entanto, ao nível das características de resiliência, apresentam níveis idênticos aos adolescentes não-institucionalizados. Foram também encontradas relações significativas entre os AVS e os problemas psicopatológicos em ambos os grupos. Estes resultados são discutidos à luz da perspetiva construtivista da resiliência.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
2013
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862013000200012 |
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Summary: | Os adolescentes institucionalizados tendem a ser socialmente mais estigmatizados e a apresentarem percursos de vida marcados por significativa adversidade psicossocial. A possibilidade de os adolescentes apresentarem um percurso desenvolvimental adaptativo depende de um conjunto de recursos externos e internos, protetores face à adversidade. Neste trabalho comparamos um grupo de 40 adolescentes institucionalizados em instituições de acolhimento com um grupo de 40 adolescentes da população geral, relativamente à presença de acontecimentos de vida stressantes (AVS) na infância e adolescência, problemas psicopatológicos e perceção de resiliência. Procuramos analisar ainda, nos dois os grupos, eventuais relações entre problemas psicopatológicos e AVS. Os participantes são adolescentes residentes na Região Autónoma da Madeira com idades compreendidas entre os 12-17 anos. Foram aplicados a Escala Healthy Kids Resilience Assessement Module (HKRAM), o inventário de psicopatologia Youth Self Report (YSR), o Inventário de Situações de Vida Stressantes, um questionário sociodemográfico para adolescentes institucionalizados, e um questionário de dados sociodemográficos para adolescentes da população geral. De uma forma geral, os adolescentes institucionalizados parecem experienciar mais AVS e relatam mais problemas psicopatológicos. No entanto, ao nível das características de resiliência, apresentam níveis idênticos aos adolescentes não-institucionalizados. Foram também encontradas relações significativas entre os AVS e os problemas psicopatológicos em ambos os grupos. Estes resultados são discutidos à luz da perspetiva construtivista da resiliência. |
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