O trabalho em grupos no laboratório didático: reflexões a partir de um referencial psicanalítico

As especificidades que observamos no modo com que alguns grupos de estudantes conduziam seu trabalho num laboratório didático de ensino superior, nos fizeram refletir sobre a possibilidade de compreender a articulação da dinâmica dos grupos, a partir de elementos que se encontravam além do alcance da cognição. Em analogia à visão de W. R. Bion, acerca do funcionamento dos grupos terapêuticos, pudemos dar significado a esses elementos e interpretar o trabalho dos estudantes no laboratório didático, a partir de uma perspectiva mais integrada, por assim dizer, uma vez que procuramos aproximar o campo da subjetividade do campo da cognição. Mais especificamente, a condução e a sustentação da dinâmica dos grupos de estudantes, do ponto de vista da construção do próprio contexto experimental, foram explicitadas com base no interjogo sobre o qual um grupo se estrutura: de um lado as estratégias não conscientes, compartilhadas anonimamente e, de outro, os objetivos conscientes, intenções e esforços dos indivíduos em trabalhar a partir de sua tarefa mais objetiva.

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Bibliographic Details
Main Authors: Barolli,Elisabeth, Villani,Alberto
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, campus de Bauru. 2000
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132000000100001
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Summary:As especificidades que observamos no modo com que alguns grupos de estudantes conduziam seu trabalho num laboratório didático de ensino superior, nos fizeram refletir sobre a possibilidade de compreender a articulação da dinâmica dos grupos, a partir de elementos que se encontravam além do alcance da cognição. Em analogia à visão de W. R. Bion, acerca do funcionamento dos grupos terapêuticos, pudemos dar significado a esses elementos e interpretar o trabalho dos estudantes no laboratório didático, a partir de uma perspectiva mais integrada, por assim dizer, uma vez que procuramos aproximar o campo da subjetividade do campo da cognição. Mais especificamente, a condução e a sustentação da dinâmica dos grupos de estudantes, do ponto de vista da construção do próprio contexto experimental, foram explicitadas com base no interjogo sobre o qual um grupo se estrutura: de um lado as estratégias não conscientes, compartilhadas anonimamente e, de outro, os objetivos conscientes, intenções e esforços dos indivíduos em trabalhar a partir de sua tarefa mais objetiva.