Digestibilidade intestinal verdadeira da proteína de alimentos para ruminantes

A digestibilidade intestinal verdadeira de diferentes classes de alimentos usados em dietas para ruminantes foi avaliada por meio das técnicas in situ e in vitro. Foram utilizados dois bovinos machos castrados (450 kg PV) com cânulas implantadas no rúmen para incubação in situ de concentrados protéicos de origens animal e vegetal e energéticos, resíduos da agroindústria e alimentos volumosos. Avaliou-se a digestibilidade intestinal verdadeira dos alimentos submetidos à digestão apenas com pepsina ou com pepsina + pancreatina, precedida ou não da incubação ruminal. A incubação ruminal diminuiu a digestibilidade intestinal verdadeira da proteína de 24 dos 30 alimentos testados, com exceção da farinha de penas, da aveia preta, do grão de milho triturado a 2,5 mm e dos fenos de aveia e tifton, para os quais ocorreu aumento, e do farelo de girassol, para o qual não houve efeito da incubação ruminal. A digestibilidade intestinal da proteína não-degradada no rúmen (PNDR), na maioria dos alimentos utilizados em dietas para ruminantes, é menor que a da proteína original do alimento. Entre os alimentos avaliados, 29 apresentaram maior digestibilidade intestinal verdadeira quando incubados com pepsina + pancreatina, evidenciando a importância da etapa de digestão abomasal sobre as proteínas dos alimentos (com exceção à aveia preta). A digestibilidade intestinal dos alimentos é variável e, portanto, deve ser considerada na formulação de dietas para atendimento das exigências de proteína metabolizável.

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Bibliographic Details
Main Authors: Branco,Antonio Ferriani, Coneglian,Sabrina Marcantonio, Maia,Fábio José, Guimarães,Kátia Cylene
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Zootecnia 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982006000600029
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Description
Summary:A digestibilidade intestinal verdadeira de diferentes classes de alimentos usados em dietas para ruminantes foi avaliada por meio das técnicas in situ e in vitro. Foram utilizados dois bovinos machos castrados (450 kg PV) com cânulas implantadas no rúmen para incubação in situ de concentrados protéicos de origens animal e vegetal e energéticos, resíduos da agroindústria e alimentos volumosos. Avaliou-se a digestibilidade intestinal verdadeira dos alimentos submetidos à digestão apenas com pepsina ou com pepsina + pancreatina, precedida ou não da incubação ruminal. A incubação ruminal diminuiu a digestibilidade intestinal verdadeira da proteína de 24 dos 30 alimentos testados, com exceção da farinha de penas, da aveia preta, do grão de milho triturado a 2,5 mm e dos fenos de aveia e tifton, para os quais ocorreu aumento, e do farelo de girassol, para o qual não houve efeito da incubação ruminal. A digestibilidade intestinal da proteína não-degradada no rúmen (PNDR), na maioria dos alimentos utilizados em dietas para ruminantes, é menor que a da proteína original do alimento. Entre os alimentos avaliados, 29 apresentaram maior digestibilidade intestinal verdadeira quando incubados com pepsina + pancreatina, evidenciando a importância da etapa de digestão abomasal sobre as proteínas dos alimentos (com exceção à aveia preta). A digestibilidade intestinal dos alimentos é variável e, portanto, deve ser considerada na formulação de dietas para atendimento das exigências de proteína metabolizável.