Duração da amamentação após a introdução de outro leite: seguimento de coorte de crianças nascidas em um hospital universitário em São Paulo
O objetivo deste trabalho foi estudar a duração do aleitamento materno após a introdução de outro leite na alimentação infantil. Foi analisada uma coorte de 450 crianças selecionadas no hospital universitário de São Paulo na ocasião do parto, entre 1998 e 1999. Informações diárias sobre a alimentação da criança foram obtidas a partir de registro feito pela mãe. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de sobrevida, atuarial e Kaplan-Meier, e o modelo de Cox. Cinqüenta e quatro crianças (12,0%) não chegaram a receber leite não materno durante o tempo de observação, 193 (43,0%) tiveram a introdução de outro leite até sessenta dias de idade (grupo 1), 151 (33,5%) receberam leite não materno pela primeira vez entre sessenta e um e cento e oitenta dias (grupo 2) e 52 (11,5%) passaram a receber leite não materno depois de cento e oitenta dias (grupo 3). Os tempos medianos de duração da amamentação para os três grupos, após a introdução do leite não materno, foram, respectivamente, 76, 120 e 176 dias. Tomando como categoria basal o primeiro grupo, a razão de hazards do segundo grupo foi 0,73 (IC: 0,57-0,94) e a do terceiro foi 0,43 (IC: 0,26-0,72). Concluiu-se que quanto mais tarde é introduzido o outro leite, por mais tempo a mãe tende a amamentar, e as mães que desejam prolongar a amamentação retardam a introdução de outro leite e, após a introdução, mantêm pelo maior tempo possível a concomitância do outro leite com o leite materno.
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Saúde Coletiva
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2002000200002 |
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Summary: | O objetivo deste trabalho foi estudar a duração do aleitamento materno após a introdução de outro leite na alimentação infantil. Foi analisada uma coorte de 450 crianças selecionadas no hospital universitário de São Paulo na ocasião do parto, entre 1998 e 1999. Informações diárias sobre a alimentação da criança foram obtidas a partir de registro feito pela mãe. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de sobrevida, atuarial e Kaplan-Meier, e o modelo de Cox. Cinqüenta e quatro crianças (12,0%) não chegaram a receber leite não materno durante o tempo de observação, 193 (43,0%) tiveram a introdução de outro leite até sessenta dias de idade (grupo 1), 151 (33,5%) receberam leite não materno pela primeira vez entre sessenta e um e cento e oitenta dias (grupo 2) e 52 (11,5%) passaram a receber leite não materno depois de cento e oitenta dias (grupo 3). Os tempos medianos de duração da amamentação para os três grupos, após a introdução do leite não materno, foram, respectivamente, 76, 120 e 176 dias. Tomando como categoria basal o primeiro grupo, a razão de hazards do segundo grupo foi 0,73 (IC: 0,57-0,94) e a do terceiro foi 0,43 (IC: 0,26-0,72). Concluiu-se que quanto mais tarde é introduzido o outro leite, por mais tempo a mãe tende a amamentar, e as mães que desejam prolongar a amamentação retardam a introdução de outro leite e, após a introdução, mantêm pelo maior tempo possível a concomitância do outro leite com o leite materno. |
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