Responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro das empresas brasileiras na crise de 2008

A literatura aponta para alguns benefícios de longo prazo trazidos pela Responsabilidade Social Corporativa. Porém nada foi mencionado sobre seus potenciais benefícios de curto prazo, como, por exemplo, a performance da empresa em períodos de crise econômica e financeira, fenômeno reconhecido como sendo de curto prazo. Este artigo busca analisar a relação entre a prática de Responsabilidade Social Corporativa e o Desempenho Financeiro de empresas brasileiras durante um período da crise financeira de 2008. Utilizando modelos de diferenças-em-diferenças com dados em painel e considerando as empresas brasileiras que compõem a carteira ISE-BOVESPA, como proxy para empresas com práticas de Responsabilidade Social Corporativa, verificou-se que, durante crises, firmas responsáveis socialmente não têm um diferencial de desempenho financeiro em relação às outras firmas no mercado, apesar de ter-se encontrado um efeito significativo que a crise traz para as empresas em geral. Tal resultado não se alinha à teoria que prediz melhor desempenho econômico de empresas socialmente responsáveis ao perceber insignificância estatística para tal fator.

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Bibliographic Details
Main Authors: Freguete,Lilian Marques, Nossa,Valcemiro, Funchal,Bruno
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552015000200232
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Summary:A literatura aponta para alguns benefícios de longo prazo trazidos pela Responsabilidade Social Corporativa. Porém nada foi mencionado sobre seus potenciais benefícios de curto prazo, como, por exemplo, a performance da empresa em períodos de crise econômica e financeira, fenômeno reconhecido como sendo de curto prazo. Este artigo busca analisar a relação entre a prática de Responsabilidade Social Corporativa e o Desempenho Financeiro de empresas brasileiras durante um período da crise financeira de 2008. Utilizando modelos de diferenças-em-diferenças com dados em painel e considerando as empresas brasileiras que compõem a carteira ISE-BOVESPA, como proxy para empresas com práticas de Responsabilidade Social Corporativa, verificou-se que, durante crises, firmas responsáveis socialmente não têm um diferencial de desempenho financeiro em relação às outras firmas no mercado, apesar de ter-se encontrado um efeito significativo que a crise traz para as empresas em geral. Tal resultado não se alinha à teoria que prediz melhor desempenho econômico de empresas socialmente responsáveis ao perceber insignificância estatística para tal fator.