Fatores de risco de anemia em lactentes matriculados em creches públicas ou filantrópicas de São Paulo
OBJETIVO: Identificar e quantificar os fatores de risco de anemia em lactentes matriculados em creches públicas ou filantrópicas no município de São Paulo e discutir o impacto das ações da creche no controle desta carência nutricional específica. MÉTODO: Estudo seccional compreendendo 212 lactentes de duas creches públicas e três filantrópicas. Foram realizadas entrevistas com as mães, coleta de sangue por punção digital e antropometria. Considerou-se como anemia, hemoglobina inferior a 11g/dL. Foi ajustado um modelo de regressão logística para fatores de risco entre grupos de lactentes com e sem anemia. RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 51,9%. O modelo logístico final foi composto por 4 variáveis: presença de 1 ou mais irmãos menores que 5 anos (Odds Ratio=2,57; p=0,005); estar freqüentando creche de administração exclusivamente pública (Odds Ratio=2,12; p=0,020); uso de aleitamento materno exclusivo inferior a 2 meses (Odds Ratio=1,88; p=0,044), e idade inferior a 15 meses (Odds Ratio=2,32; p=0,006). CONCLUSÃO:Concluiu-se que a alta prevalência de anemia evidencia a ineficiência das creches estudadas para controlar e prevenir esta carência nutricional; portanto, cabe ao planejador de saúde considerar os riscos de anemia identificados e quantificados quando da elaboração de programas de controle e prevenção.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
2007
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732007000400002 |
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Summary: | OBJETIVO: Identificar e quantificar os fatores de risco de anemia em lactentes matriculados em creches públicas ou filantrópicas no município de São Paulo e discutir o impacto das ações da creche no controle desta carência nutricional específica. MÉTODO: Estudo seccional compreendendo 212 lactentes de duas creches públicas e três filantrópicas. Foram realizadas entrevistas com as mães, coleta de sangue por punção digital e antropometria. Considerou-se como anemia, hemoglobina inferior a 11g/dL. Foi ajustado um modelo de regressão logística para fatores de risco entre grupos de lactentes com e sem anemia. RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 51,9%. O modelo logístico final foi composto por 4 variáveis: presença de 1 ou mais irmãos menores que 5 anos (Odds Ratio=2,57; p=0,005); estar freqüentando creche de administração exclusivamente pública (Odds Ratio=2,12; p=0,020); uso de aleitamento materno exclusivo inferior a 2 meses (Odds Ratio=1,88; p=0,044), e idade inferior a 15 meses (Odds Ratio=2,32; p=0,006). CONCLUSÃO:Concluiu-se que a alta prevalência de anemia evidencia a ineficiência das creches estudadas para controlar e prevenir esta carência nutricional; portanto, cabe ao planejador de saúde considerar os riscos de anemia identificados e quantificados quando da elaboração de programas de controle e prevenção. |
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