Primeira internação psiquiátrica na visão dos familiares

O objetivo deste artigo é analisar a primeira internação em hospital psiquiátrico especializado, a partir da narrativa dos familiares. Pesquisa qualitativa, descritiva e analítica, com entrevistas semiestruturadas com familiares de pessoas internadas. Identificamos que o familiar percebe algum estranhamento anterior à crise, e é ele que permanece à frente do cuidado até a internação, culminando com a internação direta através da emergência do próprio hospital especializado, apontam desconhecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). E, por conseguinte, os serviços territoriais de saúde mental não participam no manejo da crise. Os familiares criticam o cotidiano ocioso do hospital, bem como a passividade e o desconhecimento dos pacientes frente ao tratamento. Os familiares são os agenciadores da rede assistencial após o encaminhamento.

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Bibliographic Details
Main Authors: Teixeira,Vivian dos Santos, Monteiro,Claudia Barbastefano, Ferreira,Emiliane Cunha, Pacheco,Marcos Antônio Barbosa, Santiago,Marilaine Pereira, Loyola,Cristina Maria Douat
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142021000300704
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Summary:O objetivo deste artigo é analisar a primeira internação em hospital psiquiátrico especializado, a partir da narrativa dos familiares. Pesquisa qualitativa, descritiva e analítica, com entrevistas semiestruturadas com familiares de pessoas internadas. Identificamos que o familiar percebe algum estranhamento anterior à crise, e é ele que permanece à frente do cuidado até a internação, culminando com a internação direta através da emergência do próprio hospital especializado, apontam desconhecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). E, por conseguinte, os serviços territoriais de saúde mental não participam no manejo da crise. Os familiares criticam o cotidiano ocioso do hospital, bem como a passividade e o desconhecimento dos pacientes frente ao tratamento. Os familiares são os agenciadores da rede assistencial após o encaminhamento.