Balanço hídrico em solo com cultivos de subsistência no semi-árido do nordeste do Brasil

Tendo em vista ser a água limitante e haver poucos estudos sobre o balanço hídrico em cultivos do semi-árido nordestino, instalou-se um experimento em Coxixola, PB, com quatro tratamentos (plantios de milho e de feijão, solo nu e com cobertura morta), parcelas de 7,7 x 10 m e espaçamento de plantio de 1,1 x 1,0 m. Foram medidos chuva, evaporação (Tanque "classe A") e armazenamento de água no solo (sonda de nêutrons). A chuva pouca (212 mm) e mal distribuída causou restrição hídrica na parte final do experimento e foi responsável pelas baixas eficiências de uso de água e baixas produtividades do milho (grãos e biomassa total, 282 e 1141 kg ha-1) e do feijão (166 e 558 kg ha-1). Solo nu e com cobertura morta tiveram comportamento semelhante, com grandes perdas de água (1,57 e 1,48 mm dia-1, respectivamente) e apenas pequenos aumentos nas lâminas armazenadas no perfil do solo, ao final do experimento (28 e 35 mm, respectivamente). O pequeno aumento e a dificuldade de obtenção de resíduos vegetais fazem com que esta cobertura morta não seja prática promissora na região.

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Bibliographic Details
Main Authors: Antonino,Antonio Celso Dantas, Sampaio,Everardo V. S. B., Dall'Olio,Attilio, Salcedo,Ignácio Hernan
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Departamento de Engenharia Agrícola - UFCG 2000
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662000000100006
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Summary:Tendo em vista ser a água limitante e haver poucos estudos sobre o balanço hídrico em cultivos do semi-árido nordestino, instalou-se um experimento em Coxixola, PB, com quatro tratamentos (plantios de milho e de feijão, solo nu e com cobertura morta), parcelas de 7,7 x 10 m e espaçamento de plantio de 1,1 x 1,0 m. Foram medidos chuva, evaporação (Tanque "classe A") e armazenamento de água no solo (sonda de nêutrons). A chuva pouca (212 mm) e mal distribuída causou restrição hídrica na parte final do experimento e foi responsável pelas baixas eficiências de uso de água e baixas produtividades do milho (grãos e biomassa total, 282 e 1141 kg ha-1) e do feijão (166 e 558 kg ha-1). Solo nu e com cobertura morta tiveram comportamento semelhante, com grandes perdas de água (1,57 e 1,48 mm dia-1, respectivamente) e apenas pequenos aumentos nas lâminas armazenadas no perfil do solo, ao final do experimento (28 e 35 mm, respectivamente). O pequeno aumento e a dificuldade de obtenção de resíduos vegetais fazem com que esta cobertura morta não seja prática promissora na região.