A Cidade e a Infância: Possibilidades da Saúde Mental na Atenção Básica
Resumo Este estudo se configura como um relato de experiência sobre o encontro entre infância e Atenção Primária à Saúde, a partir do trabalho em uma Unidade de Saúde da Família do município de Porto Alegre, por meio do núcleo profissional da psicologia. Essa vivência faz parte do percurso formativo do Programa Atenção Básica da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul. A partir do encontro com as demandas relativas à saúde mental de crianças nesse contexto, que frequentemente se apresentavam como questões individuais, comportamentais, e carregavam expectativa de correção, buscou-se problematizar as lógicas de cuidado em tensionamento nesse cenário, considerando a realidade do cotidiano de trabalho. Sobretudo, buscou-se problematizar as possibilidades de acompanhamento de crianças, para além do encaminhamento, na atenção primária em saúde. Para tal, apresentamos concepções ampliadas com relação à infância, considerando que esse período não trata apenas de um corpo orgânico em desenvolvimento, mas também de um sujeito em constituição. Assim, como possibilidade de intervenção com as crianças na Atenção Básica, utilizou-se um dispositivo grupal que se mostrou uma potente estratégia de acolhimento e de envolvimento da equipe na escuta das questões da infância na Unidade de Saúde.
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Federal de Psicologia
2022
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932022000100266 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Resumo Este estudo se configura como um relato de experiência sobre o encontro entre infância e Atenção Primária à Saúde, a partir do trabalho em uma Unidade de Saúde da Família do município de Porto Alegre, por meio do núcleo profissional da psicologia. Essa vivência faz parte do percurso formativo do Programa Atenção Básica da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul. A partir do encontro com as demandas relativas à saúde mental de crianças nesse contexto, que frequentemente se apresentavam como questões individuais, comportamentais, e carregavam expectativa de correção, buscou-se problematizar as lógicas de cuidado em tensionamento nesse cenário, considerando a realidade do cotidiano de trabalho. Sobretudo, buscou-se problematizar as possibilidades de acompanhamento de crianças, para além do encaminhamento, na atenção primária em saúde. Para tal, apresentamos concepções ampliadas com relação à infância, considerando que esse período não trata apenas de um corpo orgânico em desenvolvimento, mas também de um sujeito em constituição. Assim, como possibilidade de intervenção com as crianças na Atenção Básica, utilizou-se um dispositivo grupal que se mostrou uma potente estratégia de acolhimento e de envolvimento da equipe na escuta das questões da infância na Unidade de Saúde. |
---|