Saúde Mental e Racismo Contra Negros: Produção Bibliográfica Brasileira dos Últimos Quinze Anos
Resumo Opressão, agressão e violência são práticas que afetam a saúde mental da pessoa alvo. O racismo, como crença na superioridade de algumas raças sobre outras, que justifica a desigualdade entre os grupos, é uma forma de opressão, de agressão e de violência. O objetivo geral desta revisão sistemática foi encontrar na literatura científica brasileira estudos sobre o impacto do racismo na saúde mental de negros no Brasil; o objetivo específico foi verificar a contribuição da Psicologia nesse tópico. Foram realizadas buscas nas plataformas SciELO e Lilacs, referentes ao período de 1999 a 2014, as quais retornaram 509 artigos, que foram filtrados segundo critérios definidos. Dezenove artigos foram considerados relevantes para análise, mesmo que não tratando exclusivamente do impacto do racismo na saúde mental. Concluiu-se que o tema tem baixa produção acadêmica no Brasil de modo geral, pouca contribuição da Psicologia e menos ainda das demais disciplinas afetas aos CAPS (Centros de Assistência Psicossocial), espaços de assistência pública à saúde mental, buscados majoritariamente pela população negra de baixa renda, dependente dos serviços de saúde pública.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Federal de Psicologia
2018
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932018000300450 |
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Summary: | Resumo Opressão, agressão e violência são práticas que afetam a saúde mental da pessoa alvo. O racismo, como crença na superioridade de algumas raças sobre outras, que justifica a desigualdade entre os grupos, é uma forma de opressão, de agressão e de violência. O objetivo geral desta revisão sistemática foi encontrar na literatura científica brasileira estudos sobre o impacto do racismo na saúde mental de negros no Brasil; o objetivo específico foi verificar a contribuição da Psicologia nesse tópico. Foram realizadas buscas nas plataformas SciELO e Lilacs, referentes ao período de 1999 a 2014, as quais retornaram 509 artigos, que foram filtrados segundo critérios definidos. Dezenove artigos foram considerados relevantes para análise, mesmo que não tratando exclusivamente do impacto do racismo na saúde mental. Concluiu-se que o tema tem baixa produção acadêmica no Brasil de modo geral, pouca contribuição da Psicologia e menos ainda das demais disciplinas afetas aos CAPS (Centros de Assistência Psicossocial), espaços de assistência pública à saúde mental, buscados majoritariamente pela população negra de baixa renda, dependente dos serviços de saúde pública. |
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