Modos de subjetivação femininos, família e trabalho
Este artigo discute os modos de subjetivação femininos no mundo contemporâneo no contexto do trabalho e da família e problematiza o conceito de gênero tomando-o como relacional, plural, em uma tentativa de escapar à lógica binária. O artigo se baseia nos dados de uma pesquisa em que foram entrevistadas seis mulheres entre 25 e 35 anos de idade, de nível socioeconômico médio, cujas respostas foram submetidas à análise de conteúdo. Os resultados mostram mulheres que fazem parte de um contexto histórico que lhes endereça um discurso de sujeito autônomo e livre, que atribuem valor ao trabalho como profissão, mas que, ao mesmo tempo, são demandadas a atender as exigências de maridos e filhos no espaço privado. As múltiplas identidades que assumem requisitam posições de sujeito contraditórias, atravessadas pelas questões de gênero masculino/feminino que não mais dão conta de suas atuações no mundo. No entanto, simultaneamente, seus discursos indicam que as mulheres começam a buscar caminhos alternativos que as ajudem a superar essas relações dicotômicas.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Federal de Psicologia
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000200009 |
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Summary: | Este artigo discute os modos de subjetivação femininos no mundo contemporâneo no contexto do trabalho e da família e problematiza o conceito de gênero tomando-o como relacional, plural, em uma tentativa de escapar à lógica binária. O artigo se baseia nos dados de uma pesquisa em que foram entrevistadas seis mulheres entre 25 e 35 anos de idade, de nível socioeconômico médio, cujas respostas foram submetidas à análise de conteúdo. Os resultados mostram mulheres que fazem parte de um contexto histórico que lhes endereça um discurso de sujeito autônomo e livre, que atribuem valor ao trabalho como profissão, mas que, ao mesmo tempo, são demandadas a atender as exigências de maridos e filhos no espaço privado. As múltiplas identidades que assumem requisitam posições de sujeito contraditórias, atravessadas pelas questões de gênero masculino/feminino que não mais dão conta de suas atuações no mundo. No entanto, simultaneamente, seus discursos indicam que as mulheres começam a buscar caminhos alternativos que as ajudem a superar essas relações dicotômicas. |
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