Circulação cotidiana e uma práxis terapêutico-ocupacional social

Há uma ampla análise marxista sobre a vida cotidiana como núcleo da práxis humana. Um aspecto substancial do cotidiano é a circulação, movimento que promove o trânsito pelos territórios sociopolíticos, constituindo o que denominamos como “circulação cotidiana”. Essa dimensão da vida acontece na dialética social e pode ser compulsória (reduzida aos mecanismos de manutenção da opressão e do status quo) ou emancipatória (ligada ao desejo, à autonomia, ao alargamento das alternativas e à democratização da sociedade e de seus bens sociais). Defende-se que o terapeuta ocupacional social faça uso teórico-metodológico desses conceitos, desenvolvendo estratégias para a promoção da circulação cotidiana emancipatória junto a sujeitos, individuais e coletivos, cujas vidas são perpassadas por barreiras materiais e imateriais, favorecendo a experiência e o acesso dos mesmos aos territórios de vida, contemplando criação, prazer e consciência – ampliando a cidadania e a participação social.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Farias,Magno Nunes, Lopes,Roseli Esquerdo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNESP 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832021000100284
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Há uma ampla análise marxista sobre a vida cotidiana como núcleo da práxis humana. Um aspecto substancial do cotidiano é a circulação, movimento que promove o trânsito pelos territórios sociopolíticos, constituindo o que denominamos como “circulação cotidiana”. Essa dimensão da vida acontece na dialética social e pode ser compulsória (reduzida aos mecanismos de manutenção da opressão e do status quo) ou emancipatória (ligada ao desejo, à autonomia, ao alargamento das alternativas e à democratização da sociedade e de seus bens sociais). Defende-se que o terapeuta ocupacional social faça uso teórico-metodológico desses conceitos, desenvolvendo estratégias para a promoção da circulação cotidiana emancipatória junto a sujeitos, individuais e coletivos, cujas vidas são perpassadas por barreiras materiais e imateriais, favorecendo a experiência e o acesso dos mesmos aos territórios de vida, contemplando criação, prazer e consciência – ampliando a cidadania e a participação social.