Entre fluxos e projetos terapêuticos: revisitando as noções de linha do cuidado em saúde e itinerários terapêuticos

Resumo Trata-se de ensaio que discute possibilidades de conexões conceituais e práticas entre as noções de linha do cuidado e de itinerários terapêuticos, a partir dos aportes teóricos que embasam a Linha do Cuidado Integral em Saúde e das abordagens hermenêuticas sobre o Cuidado. Vislumbra-se a implementação de linhas do cuidado afinadas com as necessidades de saúde – individuais e coletivas – a partir da construção de projetos terapêuticos, na medida em que privilegiam as particularidades de cada situação na pactuação de fluxos de consultas, exames e demais procedimentos. O projeto terapêutico, tomado como arranjo, estratégia, dispositivo ou dimensão basilar do Cuidado no processo de trabalho em saúde, pode ser concebido como imagem que desenha uma possibilidade de futuro, este, por sua vez, uma projeção condicionada por experiências prévias – de saúde, de doença, de vida. Da crítica aos modelos explicativos, pregnantes nos estudos sobre itinerários terapêuticos, defende-se o investimento em abordagens que privilegiam a interpretação e a compreensão, capazes de recuperar, contextualizar e reconstruir as trajetórias, a partir dos sujeitos implicados no processo do cuidado.

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Bibliographic Details
Main Authors: Silva,Neide Emy Kurokawa e, Sancho,Leyla Gomes, Figueiredo,Wagner dos Santos
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2016
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232016000300843
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Summary:Resumo Trata-se de ensaio que discute possibilidades de conexões conceituais e práticas entre as noções de linha do cuidado e de itinerários terapêuticos, a partir dos aportes teóricos que embasam a Linha do Cuidado Integral em Saúde e das abordagens hermenêuticas sobre o Cuidado. Vislumbra-se a implementação de linhas do cuidado afinadas com as necessidades de saúde – individuais e coletivas – a partir da construção de projetos terapêuticos, na medida em que privilegiam as particularidades de cada situação na pactuação de fluxos de consultas, exames e demais procedimentos. O projeto terapêutico, tomado como arranjo, estratégia, dispositivo ou dimensão basilar do Cuidado no processo de trabalho em saúde, pode ser concebido como imagem que desenha uma possibilidade de futuro, este, por sua vez, uma projeção condicionada por experiências prévias – de saúde, de doença, de vida. Da crítica aos modelos explicativos, pregnantes nos estudos sobre itinerários terapêuticos, defende-se o investimento em abordagens que privilegiam a interpretação e a compreensão, capazes de recuperar, contextualizar e reconstruir as trajetórias, a partir dos sujeitos implicados no processo do cuidado.