Práticas assistenciais em saúde mental na atenção primária à saúde: análise a partir de experiências desenvolvidas em Florianópolis, Brasil

ResumoAnalisou-se um conjunto de práticas assistenciais em saúde mental na atenção primária à saúde (APS) de Florianópolis, tendo como base a diferenciação proposta por Abílio Costa-Rosa entre os modos asilar-psiquiátrico e de atenção psicossocial. Os métodos envolveram: a) contextualização do campo empírico com a análise documental e entrevistas com gestores; b) mapeamento de intervenções em entrevistas com profissionais de nove equipes de ESF sorteadas; c) aprofundamento do entendimento destas ações em observações e entrevistas com profissionais e em 20 estudos de caso, que foram sistematizados conforme o fluxograma proposto por Merhy, por meio de entrevistas com usuários e análise dos prontuários. Identificou-se que ações voltadas ao acesso e monitoramento dos casos envolviam toda a equipe e que o acompanhamento era centralmente médico e farmacológico. Ações estruturadas a partir da palavra, do contexto sociocomunitário e do corpo também estiveram presentes e mostraram potencial para operar em uma perspectiva de valorização da autonomia e singularidade, estando, muitas vezes, subutilizadas pela falta de incorporação da abordagem psicossocial. Aponta-se a necessidade de avançar no modelo de atenção e na aproximação entre atenção psicossocial e APS.

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Bibliographic Details
Main Authors: Frosi,Raquel Valiente, Tesser,Charles Dalcanale
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015001003151
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Summary:ResumoAnalisou-se um conjunto de práticas assistenciais em saúde mental na atenção primária à saúde (APS) de Florianópolis, tendo como base a diferenciação proposta por Abílio Costa-Rosa entre os modos asilar-psiquiátrico e de atenção psicossocial. Os métodos envolveram: a) contextualização do campo empírico com a análise documental e entrevistas com gestores; b) mapeamento de intervenções em entrevistas com profissionais de nove equipes de ESF sorteadas; c) aprofundamento do entendimento destas ações em observações e entrevistas com profissionais e em 20 estudos de caso, que foram sistematizados conforme o fluxograma proposto por Merhy, por meio de entrevistas com usuários e análise dos prontuários. Identificou-se que ações voltadas ao acesso e monitoramento dos casos envolviam toda a equipe e que o acompanhamento era centralmente médico e farmacológico. Ações estruturadas a partir da palavra, do contexto sociocomunitário e do corpo também estiveram presentes e mostraram potencial para operar em uma perspectiva de valorização da autonomia e singularidade, estando, muitas vezes, subutilizadas pela falta de incorporação da abordagem psicossocial. Aponta-se a necessidade de avançar no modelo de atenção e na aproximação entre atenção psicossocial e APS.