Análise do perfil de automedicação em mulheres idosas brasileiras
Idosos compõem o grupo etário mais medicalizado na sociedade, o que pode levar ao uso irracional de fármacos. Este trabalho descreve estudo transversal que avaliou a automedicação de idosas atendidas no ambulatório de Atenção ao Idoso do Hospital da Universidade Católica de Brasília. As variáveis socioeconômicas analisadas consistiram na faixa etária, escolaridade e renda familiar mensal. As classes medicamentosas envolvidas em automedicação foram analisadas conforme prevalência, adequação à faixa etária e possíveis interações medicamentosas. Das 218 pacientes entrevistadas, 26% relataram praticar automedicação. Parcela (40%) desses medicamentos era de venda sob prescrição. Medicamentos antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos foram os mais usados sem orientação profissional, seguido pelos fitoterápicos/medicamentos naturais e cardiovasculares. Entre as pacientes automedicadas, 65% apresentaram baixa escolaridade, enquanto 32% apresentaram renda menor ou igual a um salário mínimo. O consumo por automedicação não se mostrou variar conforme a condição socioeconômica. Foram observadas interações medicamentosas potencialmente severas e uso impróprio envolvendo os eventos de automedicação.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000400018 |
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Summary: | Idosos compõem o grupo etário mais medicalizado na sociedade, o que pode levar ao uso irracional de fármacos. Este trabalho descreve estudo transversal que avaliou a automedicação de idosas atendidas no ambulatório de Atenção ao Idoso do Hospital da Universidade Católica de Brasília. As variáveis socioeconômicas analisadas consistiram na faixa etária, escolaridade e renda familiar mensal. As classes medicamentosas envolvidas em automedicação foram analisadas conforme prevalência, adequação à faixa etária e possíveis interações medicamentosas. Das 218 pacientes entrevistadas, 26% relataram praticar automedicação. Parcela (40%) desses medicamentos era de venda sob prescrição. Medicamentos antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos foram os mais usados sem orientação profissional, seguido pelos fitoterápicos/medicamentos naturais e cardiovasculares. Entre as pacientes automedicadas, 65% apresentaram baixa escolaridade, enquanto 32% apresentaram renda menor ou igual a um salário mínimo. O consumo por automedicação não se mostrou variar conforme a condição socioeconômica. Foram observadas interações medicamentosas potencialmente severas e uso impróprio envolvendo os eventos de automedicação. |
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