É possível avaliar um imperativo ético?

Na implementação de políticas públicas que têm a promoção da saúde como eixo, atores sociais e instituições têm discutido a necessidade de aprimorar processos avaliativos para conhecer, adequadamente, os resultados de tais ações. O tema tem sido abordado com ênfases distintas: buscando elementos que evidenciam a efetividade das ações, e desenvolvendo ferramentas participativas de avaliação que contemplam os princípios filosóficos do movimento da promoção da saúde. O artigo recupera as principais perspectivas quanto à avaliação em promoção da saúde tomando como principais referências: um livro publicado pela OMS em 2001 que atualiza o "estado da arte" em avaliação da promoção da saúde, uma iniciativa da OPAS desenvolvida nos últimos anos, com ênfase na avaliação participativa, e um projeto sobre evidências e efetividade da UIPES, desenvolvido a partir de 2002. Por fim, o artigo destaca um conjunto de valores e princípios que podem nortear a avaliação em promoção da saúde e, a partir da análise de uma experiência, o trabalho discute 3 variáveis críticas de um processo participativo de avaliação de um projeto de município saudável. Estas perspectivas denotam a importância de construir um marco conceitual para a avaliação em promoção da saúde que não está isenta de valores e de princípios.

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Bibliographic Details
Main Authors: Akerman,Marco, Mendes,Rosilda, Bógus,Cláudia Maria
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2004
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232004000300013
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Summary:Na implementação de políticas públicas que têm a promoção da saúde como eixo, atores sociais e instituições têm discutido a necessidade de aprimorar processos avaliativos para conhecer, adequadamente, os resultados de tais ações. O tema tem sido abordado com ênfases distintas: buscando elementos que evidenciam a efetividade das ações, e desenvolvendo ferramentas participativas de avaliação que contemplam os princípios filosóficos do movimento da promoção da saúde. O artigo recupera as principais perspectivas quanto à avaliação em promoção da saúde tomando como principais referências: um livro publicado pela OMS em 2001 que atualiza o "estado da arte" em avaliação da promoção da saúde, uma iniciativa da OPAS desenvolvida nos últimos anos, com ênfase na avaliação participativa, e um projeto sobre evidências e efetividade da UIPES, desenvolvido a partir de 2002. Por fim, o artigo destaca um conjunto de valores e princípios que podem nortear a avaliação em promoção da saúde e, a partir da análise de uma experiência, o trabalho discute 3 variáveis críticas de um processo participativo de avaliação de um projeto de município saudável. Estas perspectivas denotam a importância de construir um marco conceitual para a avaliação em promoção da saúde que não está isenta de valores e de princípios.