O corpo que escreve: considerações conceituais sobre aquisição da escrita
O presente artigo apoia-se na abordagem histórico-cultural para discutir o papel do corpo no processo de aquisição da língua escrita. Para tanto, parte das contribuições de Lev Seminovich Vigotski sobre a centralidade dos processos de simbolização correntes na idade pré-escolar (o desenho, o faz-de-conta, etc.), tidas como fundamentais para o desenvolvimento da escrita. Essa reflexão geral desdobra-se na direção de uma necessidade de revisão do debate educacional, em função de uma tendência tradicional e mecanicista no tratamento pedagógico da questão. Sem dúvida, o foco nas práticas de letramento traz novas possibilidades de compreensão sobre o processo de apropriação da escrita ao longo da educação infantil; no entanto, a discussão conceitual precisa avançar para garantir maior visibilidade à exploração dos diversos processos de simbolização infantil (sistematizados ou não sistematizados) e sua relação com a escrita, especialmente a participação do corpo (aqui) entendido em seu estatuto semiótico.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2012
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722012000100007 |
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Summary: | O presente artigo apoia-se na abordagem histórico-cultural para discutir o papel do corpo no processo de aquisição da língua escrita. Para tanto, parte das contribuições de Lev Seminovich Vigotski sobre a centralidade dos processos de simbolização correntes na idade pré-escolar (o desenho, o faz-de-conta, etc.), tidas como fundamentais para o desenvolvimento da escrita. Essa reflexão geral desdobra-se na direção de uma necessidade de revisão do debate educacional, em função de uma tendência tradicional e mecanicista no tratamento pedagógico da questão. Sem dúvida, o foco nas práticas de letramento traz novas possibilidades de compreensão sobre o processo de apropriação da escrita ao longo da educação infantil; no entanto, a discussão conceitual precisa avançar para garantir maior visibilidade à exploração dos diversos processos de simbolização infantil (sistematizados ou não sistematizados) e sua relação com a escrita, especialmente a participação do corpo (aqui) entendido em seu estatuto semiótico. |
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