Representações do trabalho entre trabalhadores informais da construção civil
O presente estudo buscou compreender as representações do trabalho entre trabalhadores informais da construção civil. Foi adotada como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais. Diante da complexidade do problema de pesquisa abordado, fez-se uso de múltiplas técnicas de coleta de dados: entrevistas em profundidade com oito trabalhadores e observação participante. Os resultados revelaram que o trabalho é representado como uma dimensão central na vida dos trabalhadores, subsidiando a sobrevivência material e social. Entretanto, o trabalho na construção civil foi descrito como pesado e desvalorizado, aparentando constituir-se como "último recurso" buscado para garantir a sobrevivência. Os trabalhadores reconhecem a precarização do trabalho gerada pela inserção informal, sentindo-se inferiorizados em relação aos trabalhadores formais. Tal quadro demonstra como os trabalhadores informais vivenciam um tipo de violência que lhes cerceia o usufruto de direitos constitucionalmente assegurados, excluindo-os do pleno gozo da cidadania.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000300004 |
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Summary: | O presente estudo buscou compreender as representações do trabalho entre trabalhadores informais da construção civil. Foi adotada como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais. Diante da complexidade do problema de pesquisa abordado, fez-se uso de múltiplas técnicas de coleta de dados: entrevistas em profundidade com oito trabalhadores e observação participante. Os resultados revelaram que o trabalho é representado como uma dimensão central na vida dos trabalhadores, subsidiando a sobrevivência material e social. Entretanto, o trabalho na construção civil foi descrito como pesado e desvalorizado, aparentando constituir-se como "último recurso" buscado para garantir a sobrevivência. Os trabalhadores reconhecem a precarização do trabalho gerada pela inserção informal, sentindo-se inferiorizados em relação aos trabalhadores formais. Tal quadro demonstra como os trabalhadores informais vivenciam um tipo de violência que lhes cerceia o usufruto de direitos constitucionalmente assegurados, excluindo-os do pleno gozo da cidadania. |
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