Efeito in vitro de compostos de plantas sobre o fungo Colletotrichum gloeosporioides Penz: isolado do maracujazeiro

Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito de extratos e óleos essenciais de quatorze plantas medicinais e ou nativas, conhecidas popularmente no Norte de Minas Gerais, sobre a germinação de esporos e crescimento micelial do fungo Colletotrichum gloeosporioides. Foram utilizados no teste de inibição do crescimento micelial, os extratos aquosos de alecrim (Rosmarinus officinalis), erva baleeira (Cordia verbenacea), joá (Solanum sisymbriifolium), quebra-pedra (Phyllanthus corcovadensis), erva botão (Eclipta alba) e açafrão da índia (Curcuma longa) obtidos por meio do processo de infusão; óleo essencial de alecrim de vargem (Família Lamiaceae), alecrim pimenta (Lippia sidoides), alfavaca cravo (Ocimum gratissimum), lippia (Lippia citriodora), goiaba branca (Psidium guajava), capim santo (Cymbopogon citratus); óleo resina de copaíba (Copaifera langsdorffi); hidrolatos de alecrim de vargem, goiaba vermelha (Psidium guajava), lippia, capim santo, goiaba branca, alfavaca cravo; manipueira de (Manihot esculenta). Também foram testados esses mesmos hidrolatos e os óleos essenciais na germinação dos esporos do fungo. Todos os tratamentos foram realizados in vitro, cultivando-se o fungo em meio de cultura BDA acrescido de 100μL dos compostos vegetais. No teste de inibição da germinação, todos os óleos essenciais impediram a germinação do fungo. No entanto, os hidrolatos não tiveram esse efeito. No teste de crescimento micelial, os óleos essenciais de todas as plantas inibiram completamente o crescimento do fungo, exceto o óleo da goiaba branca. Os extratos aquosos, a manipueira, o óleo resina e os hidrolatos, também não foram eficientes sobre o crescimento do patógeno. Esses resultados indicam o potencial antifúngico de alguns óleos essenciais de plantas medicinais.

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Bibliographic Details
Main Authors: Silva,André Costa da, Sales,Nilza de Lima Pereira, Araújo,Alisson Vinícius de, Caldeira Júnior,Cecílio Frois
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Editora da UFLA 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542009000700026
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Description
Summary:Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito de extratos e óleos essenciais de quatorze plantas medicinais e ou nativas, conhecidas popularmente no Norte de Minas Gerais, sobre a germinação de esporos e crescimento micelial do fungo Colletotrichum gloeosporioides. Foram utilizados no teste de inibição do crescimento micelial, os extratos aquosos de alecrim (Rosmarinus officinalis), erva baleeira (Cordia verbenacea), joá (Solanum sisymbriifolium), quebra-pedra (Phyllanthus corcovadensis), erva botão (Eclipta alba) e açafrão da índia (Curcuma longa) obtidos por meio do processo de infusão; óleo essencial de alecrim de vargem (Família Lamiaceae), alecrim pimenta (Lippia sidoides), alfavaca cravo (Ocimum gratissimum), lippia (Lippia citriodora), goiaba branca (Psidium guajava), capim santo (Cymbopogon citratus); óleo resina de copaíba (Copaifera langsdorffi); hidrolatos de alecrim de vargem, goiaba vermelha (Psidium guajava), lippia, capim santo, goiaba branca, alfavaca cravo; manipueira de (Manihot esculenta). Também foram testados esses mesmos hidrolatos e os óleos essenciais na germinação dos esporos do fungo. Todos os tratamentos foram realizados in vitro, cultivando-se o fungo em meio de cultura BDA acrescido de 100μL dos compostos vegetais. No teste de inibição da germinação, todos os óleos essenciais impediram a germinação do fungo. No entanto, os hidrolatos não tiveram esse efeito. No teste de crescimento micelial, os óleos essenciais de todas as plantas inibiram completamente o crescimento do fungo, exceto o óleo da goiaba branca. Os extratos aquosos, a manipueira, o óleo resina e os hidrolatos, também não foram eficientes sobre o crescimento do patógeno. Esses resultados indicam o potencial antifúngico de alguns óleos essenciais de plantas medicinais.