Intenção de permanência na organização: um constituinte ou consequente do comprometimento organizacional?

O desejo de permanecer na organização tem sido considerado ora um componente constituinte, ora um consequente do comprometimento organizacional. A presente pesquisa teve como objetivo testar a influência de variáveis atitudinais (bases afetiva e instrumental) e das intenções comportamentais de comprometimento organizacional sobre intenções de permanência na organização. Para testar as relações entre as variáveis da pesquisa foram selecionados 1.869 trabalhadores das regiões norte, nordeste e sul do Brasil, que responderam a um questionário com itens fechados. Os dados foram analisados utilizando-se procedimentos de regressão múltipla e modelagem de equações estruturais. Os resultados apontaram que: a) a medida de intenções de permanência na organização não pode ser predita significantemente por nenhuma das variáveis que compõem a base instrumental; b) a variável que prediz mais fortemente permanência é a base afetiva; e c) as intenções comportamentais de permanência na organização não são constituintes do comprometimento organizacional.

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Bibliographic Details
Main Authors: Bastos,Antonio Virgilio, Menezes,Igor Gomes
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-graduação em Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicobiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2010000300010
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Summary:O desejo de permanecer na organização tem sido considerado ora um componente constituinte, ora um consequente do comprometimento organizacional. A presente pesquisa teve como objetivo testar a influência de variáveis atitudinais (bases afetiva e instrumental) e das intenções comportamentais de comprometimento organizacional sobre intenções de permanência na organização. Para testar as relações entre as variáveis da pesquisa foram selecionados 1.869 trabalhadores das regiões norte, nordeste e sul do Brasil, que responderam a um questionário com itens fechados. Os dados foram analisados utilizando-se procedimentos de regressão múltipla e modelagem de equações estruturais. Os resultados apontaram que: a) a medida de intenções de permanência na organização não pode ser predita significantemente por nenhuma das variáveis que compõem a base instrumental; b) a variável que prediz mais fortemente permanência é a base afetiva; e c) as intenções comportamentais de permanência na organização não são constituintes do comprometimento organizacional.