Docência, cinema e televisão: questões sobre formação ética e estética
O propósito deste artigo é discutir o tema da formação ético-estética docente tendo como ferramenta teórica principal os conceitos tratados por Michel Foucault no curso A hermenêutica do sujeito. O texto defende o argumento de que a educação ética e estética e a educação do olhar e da sensibilidade poderiam constituir-se como parte fundamental da formação docente. Assumo a posição de que a formação ética e estética poderia ser relacionada a um trabalho de imersão nas imagens audiovisuais, nos exercícios com sons, movimentos, diálogos e cores das imagens do cinema e da televisão, especialmente quando se trata de narrativas que fogem aos esquemas convencionais de apelo ao mero espetáculo. Com base em Michel Foucault e nos filósofos clássicos gregos e romanos por ele estudados, bem como nas obras de Alain Badiou sobre cinema, o texto discorre a respeito da possibilidade do estabelecimento de relações entre filosofia e formação docente, trazendo para o debate três produções (duas do cinema norte-americano e uma da televisão brasileira). A docência, no âmbito dessa discussão, é tratada como lugar privilegiado de experimentação, de transformação de si e de indagação permanente sobre de que modo nos tornamos o que somos, particularmente no campo da educação.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
2009
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782009000100008 |
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Summary: | O propósito deste artigo é discutir o tema da formação ético-estética docente tendo como ferramenta teórica principal os conceitos tratados por Michel Foucault no curso A hermenêutica do sujeito. O texto defende o argumento de que a educação ética e estética e a educação do olhar e da sensibilidade poderiam constituir-se como parte fundamental da formação docente. Assumo a posição de que a formação ética e estética poderia ser relacionada a um trabalho de imersão nas imagens audiovisuais, nos exercícios com sons, movimentos, diálogos e cores das imagens do cinema e da televisão, especialmente quando se trata de narrativas que fogem aos esquemas convencionais de apelo ao mero espetáculo. Com base em Michel Foucault e nos filósofos clássicos gregos e romanos por ele estudados, bem como nas obras de Alain Badiou sobre cinema, o texto discorre a respeito da possibilidade do estabelecimento de relações entre filosofia e formação docente, trazendo para o debate três produções (duas do cinema norte-americano e uma da televisão brasileira). A docência, no âmbito dessa discussão, é tratada como lugar privilegiado de experimentação, de transformação de si e de indagação permanente sobre de que modo nos tornamos o que somos, particularmente no campo da educação. |
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