Educação hospitalar: uma questão de direito

Resumo O presente ensaio objetiva refletir sobre o espaço educacional da criança em tratamento hospitalar. Tem por base a perspectiva sociocultural de modo a desenvolver uma discussão teórica de abordagem qualitativa que questiona os ambientes escolares e hospitalares. No desenvolvimento do estudo as discussões revelam aspectos históricos e culturais relacionados ao movimento de julgar, condenar e estigmatizar a pessoa acometida pela doença, explicitando, assim, processos valorativos sobre quem vivencia a enfermidade. Com o decorrer das análises observa-se que no contexto do adoecimento, por vezes, a educação deixa de ser considerada como necessária e os cuidados com a saúde assumem papel único. Esse movimento denota uma ruptura entre os contextos hospitalares e escolares, como se ambos fossem mutuamente excludentes. Ao subtrair o espaço escolar da criança que vivencia a hospitalização, caminha-se por procedimentos segregadores que impingem, na criança, mais fortemente o peso da doença. Essa situação desvela a relevância da educação hospitalar, pois mesmo diante da enfermidade o direito ao desenvolvimento educacional permanece e, como tal, necessita ser oportunizado.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Artioli Rolim,Carmem Lucia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Investigación en Educación, Universidad de Costa Rica 2019
Online Access:http://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409-47032019000100700
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo O presente ensaio objetiva refletir sobre o espaço educacional da criança em tratamento hospitalar. Tem por base a perspectiva sociocultural de modo a desenvolver uma discussão teórica de abordagem qualitativa que questiona os ambientes escolares e hospitalares. No desenvolvimento do estudo as discussões revelam aspectos históricos e culturais relacionados ao movimento de julgar, condenar e estigmatizar a pessoa acometida pela doença, explicitando, assim, processos valorativos sobre quem vivencia a enfermidade. Com o decorrer das análises observa-se que no contexto do adoecimento, por vezes, a educação deixa de ser considerada como necessária e os cuidados com a saúde assumem papel único. Esse movimento denota uma ruptura entre os contextos hospitalares e escolares, como se ambos fossem mutuamente excludentes. Ao subtrair o espaço escolar da criança que vivencia a hospitalização, caminha-se por procedimentos segregadores que impingem, na criança, mais fortemente o peso da doença. Essa situação desvela a relevância da educação hospitalar, pois mesmo diante da enfermidade o direito ao desenvolvimento educacional permanece e, como tal, necessita ser oportunizado.