A pessoa idosa hospitalizada: trajetória funcional em hospital português

Enquadramento: A trajetória funcional (TF) das pessoas idosas hospitalizadas (PIH) é um conceito de prognóstico importante e subestimado. Objetivo: Analisar a TF das PIH entre a baseline e o follow-up de 3 meses. Metodologia: Estudo de coorte prospetivo com 101 PIH nos serviços de medicina interna. A funcionalidade foi avaliada através do Índice de Katz em 3 momentos: na baseline, na alta e no follow-up. O declínio funcional (DF) foi definido como a redução em pelo menos um ponto na pontuação do Katz, em comparação com a baseline. Resultados: Identificou-se um DF de 54,5% entre a baseline e a alta. No follow-up, 41,6% das PIH não recuperaram o status funcional da baseline. Identificaram-se 4 trajetórias principais: melhoria (7,53%), estabilidade (30,11%), recuperação (25,81%) e declínio (36,55%). Conclusão: O DF é muito significativo. A recuperação funcional ocorre essencialmente após a alta hospitalar. Os hospitais e os profissionais devem adotar intervenções ou modelos de cuidado focados na manutenção ou recuperação da funcionalidade durante a hospitalização e intensificar a reabilitação pós-alta.

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Main Authors: Tavares,João Paulo de Almeida, Grácio,Joana, Nunes,Lisa
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra - Unidade de Investigação em Ciências da Saúde - Enfermagem 2018
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832018000300003
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Summary:Enquadramento: A trajetória funcional (TF) das pessoas idosas hospitalizadas (PIH) é um conceito de prognóstico importante e subestimado. Objetivo: Analisar a TF das PIH entre a baseline e o follow-up de 3 meses. Metodologia: Estudo de coorte prospetivo com 101 PIH nos serviços de medicina interna. A funcionalidade foi avaliada através do Índice de Katz em 3 momentos: na baseline, na alta e no follow-up. O declínio funcional (DF) foi definido como a redução em pelo menos um ponto na pontuação do Katz, em comparação com a baseline. Resultados: Identificou-se um DF de 54,5% entre a baseline e a alta. No follow-up, 41,6% das PIH não recuperaram o status funcional da baseline. Identificaram-se 4 trajetórias principais: melhoria (7,53%), estabilidade (30,11%), recuperação (25,81%) e declínio (36,55%). Conclusão: O DF é muito significativo. A recuperação funcional ocorre essencialmente após a alta hospitalar. Os hospitais e os profissionais devem adotar intervenções ou modelos de cuidado focados na manutenção ou recuperação da funcionalidade durante a hospitalização e intensificar a reabilitação pós-alta.