Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no Egipto
Este artigo defende uma separação entre a noção de agência e a de resistência como um passo necessário para pensar as formas de vontade e política que não se adequam às normas seculares e liberais feministas. Através de uma análise das práticas de um movimento pietista feminino, integrado no revivalismo islâmico no Egipto, este artigo sugere que a agência é melhor entendida através do paradoxo da subjectivação: um processo que não só assegura a subordinação do sujeito às relações de poder, mas também produz os meios através dos quais ele se transforma numa entidade autoconsciente e num agente. Nesta perspectiva, a agência não é simplesmente um sinónimo de resistência a relações de dominação, mas também uma capacidade para a acção facultada por relações de subordinação específicas.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro em Rede de Investigação em Antropologia - CRIA
2006
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612006000100007 |
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Summary: | Este artigo defende uma separação entre a noção de agência e a de resistência como um passo necessário para pensar as formas de vontade e política que não se adequam às normas seculares e liberais feministas. Através de uma análise das práticas de um movimento pietista feminino, integrado no revivalismo islâmico no Egipto, este artigo sugere que a agência é melhor entendida através do paradoxo da subjectivação: um processo que não só assegura a subordinação do sujeito às relações de poder, mas também produz os meios através dos quais ele se transforma numa entidade autoconsciente e num agente. Nesta perspectiva, a agência não é simplesmente um sinónimo de resistência a relações de dominação, mas também uma capacidade para a acção facultada por relações de subordinação específicas. |
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