Hematoma subdural em Pediatria Diagnosticar e tratar precocemente

Introdução: O hematoma subdural agudo não traumático é uma entidade rara em Pediatria. A presença de sintomas neuro­lógicos de instalação aguda associada a anticoagulação obriga à exclusão desta entidade. Caso clínico: Apresentamos o caso de uma criança, do sexo masculino, de sete anos de idade, com prótese mitral mecâ­nica, medicada com varfarina, que recorreu ao serviço de urgência por cefaleias intensas e progressivas, associadas a alteração no estado de consciência e convulsões. A nível laboratorial o INR (In­ternational Normalized Ratio) era de 4,2. Foi admitida na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP) em coma com aniso­coria. Iniciou ventilação mecânica, medidas anti-edema cerebral e antiepilépticos.O exame de imagem mostrou hematoma subdural agudo à esquerda, com desvio da linha média. Foi submetida a craniotomia descompressiva, 56 horas após o início da sintomato­logia, com recuperação clínica e actualmente sem sequelas. Conclusão: Este caso clínico ilustra a importância da sus­peição clínica de hematoma subdural em doentes anticoagula­dos, bem como a necessidade de optimização das condições cirúrgicas e da utilização das técnicas não invasivas na monitori­zação do nível de consciência.

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Bibliographic Details
Main Authors: Carvalho,Marisa, Leal,Ema, Santos,Margarida, Ramos,José, Távora,Luís, Barata,Deolinda
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro Hospitalar do Porto 2011
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542011000200004
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Summary:Introdução: O hematoma subdural agudo não traumático é uma entidade rara em Pediatria. A presença de sintomas neuro­lógicos de instalação aguda associada a anticoagulação obriga à exclusão desta entidade. Caso clínico: Apresentamos o caso de uma criança, do sexo masculino, de sete anos de idade, com prótese mitral mecâ­nica, medicada com varfarina, que recorreu ao serviço de urgência por cefaleias intensas e progressivas, associadas a alteração no estado de consciência e convulsões. A nível laboratorial o INR (In­ternational Normalized Ratio) era de 4,2. Foi admitida na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP) em coma com aniso­coria. Iniciou ventilação mecânica, medidas anti-edema cerebral e antiepilépticos.O exame de imagem mostrou hematoma subdural agudo à esquerda, com desvio da linha média. Foi submetida a craniotomia descompressiva, 56 horas após o início da sintomato­logia, com recuperação clínica e actualmente sem sequelas. Conclusão: Este caso clínico ilustra a importância da sus­peição clínica de hematoma subdural em doentes anticoagula­dos, bem como a necessidade de optimização das condições cirúrgicas e da utilização das técnicas não invasivas na monitori­zação do nível de consciência.