Importância da biópsia cutânea: Um caso clínico

Introdução: As dermatoses constituem um desafio diagnóstico, abrangendo uma variedade de patologias que, frequentemente, têm apresentação clínica semelhante. A biópsia cutânea é um procedimento simples e rápido que permite realizar o exame histopatológico. Caso clinico: Doente do sexo feminino de 54 anos, com antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia, observada em consulta de Imunoalergologia por erupção cutânea, com 4 anos de evolução eritematosa, pruriginosa e persistente, com envolvimento de 2/3 da superfície corporal e sem melhoria após tratamento com metotrexato e corticoides. A biópsia cutânea prévia era compatível com “Eczema crónico”. Realizou-se estudo analítico (hemograma, bioquímica e estudo imunológico) e testes epicutâneos sem alterações, bem como nova biópsia cutânea, compatível com micose fungoide. Após estadiamento neoplásico, iniciou fototerapia PUVA com melhoria clínica. Conclusões: O caso descrito evidencia a elevada importância da biópsia cutânea como exame complementar, na medida em que, com frequência, permite o esclarecimento e confirmação do diagnóstico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Moreira,Ana, Rosmaninho,Isabel, Silva,José Pedro Moreira da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica 2016
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000100003
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Summary:Introdução: As dermatoses constituem um desafio diagnóstico, abrangendo uma variedade de patologias que, frequentemente, têm apresentação clínica semelhante. A biópsia cutânea é um procedimento simples e rápido que permite realizar o exame histopatológico. Caso clinico: Doente do sexo feminino de 54 anos, com antecedentes de hipertensão arterial e dislipidemia, observada em consulta de Imunoalergologia por erupção cutânea, com 4 anos de evolução eritematosa, pruriginosa e persistente, com envolvimento de 2/3 da superfície corporal e sem melhoria após tratamento com metotrexato e corticoides. A biópsia cutânea prévia era compatível com “Eczema crónico”. Realizou-se estudo analítico (hemograma, bioquímica e estudo imunológico) e testes epicutâneos sem alterações, bem como nova biópsia cutânea, compatível com micose fungoide. Após estadiamento neoplásico, iniciou fototerapia PUVA com melhoria clínica. Conclusões: O caso descrito evidencia a elevada importância da biópsia cutânea como exame complementar, na medida em que, com frequência, permite o esclarecimento e confirmação do diagnóstico.