O uso da semente de tremoço como fertilizante azotado
Neste trabalho, estudou-se o uso de sementes de tremoço como fertilizante para fornecer gradualmente o azoto. O principal objectivo foi comparar diferentes estratégias de aplicação das sementes de tremoço (Lupinus angustifolius L. cv. Azuro e cv. Boruta) na cultura de couve-branca (Brassica oleracea capitata L. cv. Impuls). Uma vez que durante o processo de germinação as plântulas utilizam os seus glúcidos de reserva como fonte de energia na respiração, a quantidade de carbono nas plântulas e consequentemente a sua razão C:N decresce ao longo do tempo. Com a expansão das folhas e o começo da actividade fotossintética esta tendência inverte-se. Assim, a principal hipótese desta pesquisa foi que a incorporação de plântulas de tremoço germinadas após um determinado período de tempo (quando a razão C:N atingia o seu valor mínimo) pode aumentar a libertação de azoto deste fertilizante azotado de origem vegetal. Com esta pesquisa, descobriu-se que a incorporação de plântulas de tremoço após 12 dias de germinação pode aumentar a libertação de azoto. Comparando o referido método de fertilização com a incorporação de sementes de tremoço trituradas, concluiu-se também que uma vez que não levaram a diferenças entre as libertações de azoto nem entre a produção de couve-branca, a incorporação de sementes de tremoço trituradas deverá ser um método de fertilização mais prático, uma vez que este método não implica os trabalhos de mobilização do solo necessários para a preparação da cama da semente, sementeira e incorporação das plântulas de tremoço.
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
2010
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2010000200011 |
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Summary: | Neste trabalho, estudou-se o uso de sementes de tremoço como fertilizante para fornecer gradualmente o azoto. O principal objectivo foi comparar diferentes estratégias de aplicação das sementes de tremoço (Lupinus angustifolius L. cv. Azuro e cv. Boruta) na cultura de couve-branca (Brassica oleracea capitata L. cv. Impuls). Uma vez que durante o processo de germinação as plântulas utilizam os seus glúcidos de reserva como fonte de energia na respiração, a quantidade de carbono nas plântulas e consequentemente a sua razão C:N decresce ao longo do tempo. Com a expansão das folhas e o começo da actividade fotossintética esta tendência inverte-se. Assim, a principal hipótese desta pesquisa foi que a incorporação de plântulas de tremoço germinadas após um determinado período de tempo (quando a razão C:N atingia o seu valor mínimo) pode aumentar a libertação de azoto deste fertilizante azotado de origem vegetal. Com esta pesquisa, descobriu-se que a incorporação de plântulas de tremoço após 12 dias de germinação pode aumentar a libertação de azoto. Comparando o referido método de fertilização com a incorporação de sementes de tremoço trituradas, concluiu-se também que uma vez que não levaram a diferenças entre as libertações de azoto nem entre a produção de couve-branca, a incorporação de sementes de tremoço trituradas deverá ser um método de fertilização mais prático, uma vez que este método não implica os trabalhos de mobilização do solo necessários para a preparação da cama da semente, sementeira e incorporação das plântulas de tremoço. |
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