Será o óleo vegetal um possível substituto do óleo mineral para transformadores?

Tendo em conta que a vida útil dum transformador é dada pela vida útil do seu isolamento sólido, é importante adquirir informação sobre o envelhecimento do papel isolante, imerso em óleo vegetal. É aqui relatada uma experiência para caracterização da degradação do papel isolante mergulhado em óleo vegetal, efectuada numa gama de temperaturas de 70ºC a 190 ºC, em condições laboratoriais, Os resultados obtidos foram comparados com os produzidos na experiência levada a cabo em simultâneo, em condições experimentais idênticas, mas com um óleo mineral. O papel isolante utilizado foi papel Kraft, enquanto o óleo vegetal usado foi o Biotemp, desenvolvido pela ABB T&D, para uso em transformadores. Para caracterização do processo de degradação do papel e também dos óleos, foram efectuadas várias análises designadamente: O teor de humidade e de gases dissolvidos no óleo, o grau de polimerização viscosimétrico médio do papel e a concentração de produtos furânicos dissolvidos no óleo e absorvidos no papel. Dos resultados obtidos, concluiu-se que, a velocidade de degradação do papel, em óleo vegetal, embora seja um pouco superior, até 130ºC, à que ocorre em óleo mineral, nas mesmas condições experimentais, é até um pouco inferior a esta (para temperaturas superiores a 130ºC). Finalmente, com base nos resultados desta experiência foram estabelecidas equações matemáticas, que relacionam o valor do grau de polimerização do papel, com a concentração de 2FAL no óleo onde este se encontra imerso, para ambos os óleos (vegetal e mineral).

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Bibliographic Details
Main Author: Martins,M. Augusta G.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Materiais 2008
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-83122008000200004
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Description
Summary:Tendo em conta que a vida útil dum transformador é dada pela vida útil do seu isolamento sólido, é importante adquirir informação sobre o envelhecimento do papel isolante, imerso em óleo vegetal. É aqui relatada uma experiência para caracterização da degradação do papel isolante mergulhado em óleo vegetal, efectuada numa gama de temperaturas de 70ºC a 190 ºC, em condições laboratoriais, Os resultados obtidos foram comparados com os produzidos na experiência levada a cabo em simultâneo, em condições experimentais idênticas, mas com um óleo mineral. O papel isolante utilizado foi papel Kraft, enquanto o óleo vegetal usado foi o Biotemp, desenvolvido pela ABB T&D, para uso em transformadores. Para caracterização do processo de degradação do papel e também dos óleos, foram efectuadas várias análises designadamente: O teor de humidade e de gases dissolvidos no óleo, o grau de polimerização viscosimétrico médio do papel e a concentração de produtos furânicos dissolvidos no óleo e absorvidos no papel. Dos resultados obtidos, concluiu-se que, a velocidade de degradação do papel, em óleo vegetal, embora seja um pouco superior, até 130ºC, à que ocorre em óleo mineral, nas mesmas condições experimentais, é até um pouco inferior a esta (para temperaturas superiores a 130ºC). Finalmente, com base nos resultados desta experiência foram estabelecidas equações matemáticas, que relacionam o valor do grau de polimerização do papel, com a concentração de 2FAL no óleo onde este se encontra imerso, para ambos os óleos (vegetal e mineral).