Barcelona(s) cidade dos projectos ou projectos da cidade?

A imagem internacional de Barcelona associou-se à existência de um modelo urbano inovador, conhecido por “modelo Barcelona”, iniciado nos anos 1980. O modelo a que nos referimos não retrata apenas assuntos essenciais ao planeamento urbano, como as políticas públicas ou as novas estratégias económicas, mas também se refere à cultura urbana, inclusão social e participação cidadã. Ao longo do tempo este modelo “evoluiu” e tem sido alvo de longos debates e de activa controvérsia. Barcelona(s) retoma o modelo e discute alguns dos aspectos em que este é recorrentemente elogiado e colocado em causa. O propósito é estimular a reflexão sobre um desafio: como encontrar a proporção certa entre as estratégias públicas e privadas de planeamento urbano de longo prazo e os projectos imediatos, a liderança dos poderes públicos e os consensos sociais? Os autores dos artigos incluídos neste número - que este texto apresenta -, têm dedicado uma parte importante da sua investigação aos processos políticos, económicos e sociais que fazem evoluir esta cidade e a sua área metropolitana. Remetem para situações complexas (a diversas escalas) despoletadas pelo modelo e debatem as suas consequências.

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Bibliographic Details
Main Author: Queirós,Margarida
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Centro de Estudos Geográficos 2010
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0430-50272010000200002
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Description
Summary:A imagem internacional de Barcelona associou-se à existência de um modelo urbano inovador, conhecido por “modelo Barcelona”, iniciado nos anos 1980. O modelo a que nos referimos não retrata apenas assuntos essenciais ao planeamento urbano, como as políticas públicas ou as novas estratégias económicas, mas também se refere à cultura urbana, inclusão social e participação cidadã. Ao longo do tempo este modelo “evoluiu” e tem sido alvo de longos debates e de activa controvérsia. Barcelona(s) retoma o modelo e discute alguns dos aspectos em que este é recorrentemente elogiado e colocado em causa. O propósito é estimular a reflexão sobre um desafio: como encontrar a proporção certa entre as estratégias públicas e privadas de planeamento urbano de longo prazo e os projectos imediatos, a liderança dos poderes públicos e os consensos sociais? Os autores dos artigos incluídos neste número - que este texto apresenta -, têm dedicado uma parte importante da sua investigação aos processos políticos, económicos e sociais que fazem evoluir esta cidade e a sua área metropolitana. Remetem para situações complexas (a diversas escalas) despoletadas pelo modelo e debatem as suas consequências.